And if you get lost in the light It's okay, I can see in the dark

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Qualquer forma de interação é bem vinda :)


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Como nada que é bom dura muito tempo, Louis e Harry tiveram que diminuir suas risadas por um instante, os rostos perto demais para que eles pudessem desviar o olhar intenso entre cada detalhe de seus olhos sob a luz parca da sala.

Não tem um jeito fácil de dizer isso, mas a verdade era que Harry finalmente estava notando o quão fechado ele estava para Louis, mesmo que estivesse se abrindo ao máximo, e depois de tudo o que havia acontecido semanas atrás, toda aquela intervenção emocionada e inesperada, Harry percebeu o quanto ainda precisava se abrir.

Não era só da sua família que ele mantinha distância, ele estava se mantando afastado de seus amigos mais próximos sem perceber. E agora que ele percebia, ele queria melhorar as coisas.

O semestre estava no fim, todo mundo que conhecia estava minimamente estressado com tantas provas e trabalhos para entregar, ele não conseguia falar com Louis há pelo menos três dias de tantas coisas que o ômega alegava precisar fazer, e Harry estava com saudades, muitas saudades. Foi então que uma ideia surgiu na sua cabeça depois de assistir três filmes adolescentes da Disney e comer sorvete demais enquanto desistia de entender um artigo que o professor havia lhe passado. 

Como num filme da Disney, Harry enviou uma mensagem a Louis com apenas a sigla de "SOS" e mandando a localização de perto da cafeteria do prédio de Pedagogia. Apenas isso foi necessário para que, 15 minutos depois, ele puxasse Louis para dentro do armário do zelador e lhe beijasse até que as estrelas aparecessem por debaixo de suas pálpebras. 

E então vieram as risadas, porque aquilo era extremamente clichê e fazia eles se sentirem como se fossem pré-adolescentes. Houve mais beijos, uma pequena mão boba passando por debaixo da blusa, mas nada além disso. Eles não queriam nada mais do que beijos e se sentirem extremamente jovens descobrindo o primeiro amor. 

Quando as risadas cessaram de novo, Louis juntou as testas dos dois, seus olhos azuis nunca desviando dos olhos verdes de Harry, mesmo que isso o deixasse um pouco vesgo e extremamente fofo demais para não ser beijado novamente. 

"O que foi isso?" Louis perguntou com um sorriso, seu hálito quente batendo contra o nariz de Harry suavemente.

"Eu estava com saudades."

"Estava é?" Louis questionou brincalhão, "E vai me puxar para dentro do armário do zelador toda vez que sentir saudade?"

"Você não gostou?"

"Eu amei, mas aqui está um pouco escuro demais para poder te ver direitinho, e eu gosto de te ver." Louis respondeu franco. "A gente pode se pegar em um cantinho um pouquinho mais iluminado?"

"Tipo onde?"

"Tipo na cafeteria...."

A lembrança de Louis sentando no colo de outro cara lhe encheu a cabeça de repente fazendo Harry se afastar um pouco, seus sentimentos amargos lhe deixando nauseado de repente. 

"Tudo bem?" Louis perguntou, "Você está se sentindo mal?"

Harry pediu um instante para Louis apenas levantando o dedo e tentando fazer aquela lágrima solitária não cair, o queixo não tremer e sua respiração não falhar. Ele não queria mostrar para Louis o quão inseguro ele ficara só de lembrar daquela cena quando nem se conheciam pessoalmente.

"Hazz, você está me assustando." Louis falou tentando buscar pelo namorado, mas Harry se esquivava de seu toque como se fosse queimá-lo, "Harry, por favor, o que aconteceu?"

CUDDLE IN  ◆  l.s. aboWhere stories live. Discover now