'Cause if you think I care about you now... Well, boy, I don't give a fuck

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Harry estava feliz, e ele não se sentia feliz há muito tempo.

Ele estava genuinamente feliz pela primeira vez desde que começara a faculdade e agora ele sabia o porquê: e era simples, era porque Bay era um dos principais fatores pelo aparecimento de stress e energias negativas em seu corpo, e agora que ele estava livre de Bay, ele podia ser feliz.

Bay o relembrava sobre ele ser beta com um tom de nojo na voz, relembrava sobre o menosprezo que sentia frequentemente, lhe fazia de capacho, lhe tratava mal e tudo por culpa de um preconceito enraizado e ultrapassado que a sociedade insistia em continuar a pregar diariamente.

Aquele stress se acumulou tanto que Harry havia ido parar no hospital. Ele foi descuidado com a saúde porque um cara qualquer não lhe deixava em paz, porque uma pessoa qualquer não o deixava viver sua vida plenamente. E isso não iria mais acontecer.

Ele prometeu a si mesmo que isso nunca mais iria acontecer, e ele confessa, no início achou que seria difícil, mas desde que começou a morar com Niall, Harry sentiu que tudo estava leve dentro e fora dele e que nada no mundo poderia mudar aquele sentimento.

Niall lhe fazia bem no fim das contas.

O ômega havia lhe dado um quarto ao lado do seu, que antes pertencia ao irmão mais velho de Niall, Greg Horan, que além de já ter saído de casa há muito tempo, concordou em deixar que Harry reinventasse o cômodo como achasse melhor, isso incluía pintá-lo de outra cor, o que Harry sabia que não seria necessário, afinal ele gostava daquele tom de carmim... O acalmava suavemente. Niall também cumpriu com sua promessa quanto à questão do pagamento de aluguel e Harry nem realmente tocava em dinheiro naquela casa para despesas, apenas quando queria agradecer materialmente, mas ele vinha cozinhando todas as refeições e cumprindo sua parte do acordo, e o cacheado gostava, era relaxante e divertido. Ele sentia falta de fazer isso por hobby, Bay o fazia ser uma dona de casa não remunerada usando o status como desculpa.

Mas aquele já era um caso encerrado.

E havia Louis também, o rapaz de olhos azuis agora lhe cumprimentava com "bom dia", "boa tarde" e "boa noite", o que para muitos poderia ser pouco, mas para Harry ainda era o paraíso ouvir aquele serzinho sorrindo contido e sendo cordial. Alegrava o dia de Harry com toda certeza, só que tudo isso não passava de simples cumprimentos, Harry não puxava assunto e Louis também não falava diretamente com Harry.

Harry gosta de pensar que eles estão apenas indo sem pressa, apesar de tudo.

Porém, às vezes, Louis deixava bilhetes com mensagens curtas e amistosas. E Harry guardava em sua caixinha de preciosidades. Harry mandava a resposta através de mensagens de texto (que agora ele trocava usando o celular de Niall, pois o seu havia queimado a placa-mãe e ele definitivamente não tinha dinheiro para comprar outro), o cacheado queria mandar uma carta de volta, porém achou pessoal demais, ele não queria parecer apegado. Ou desesperado.

A única coisa que ainda não havia mudado era o fato de que Harry ainda não se achava bom o bastante para Louis. Oh, e ele também ainda não descobrira a classe híbrida de Louis.

Mas um dia quem sabe ele contratasse alguém para perguntar na cara dura para Louis, ou criasse coragem para fazer isso sozinho. Harry decidiu abrir a poupança pra pessoa que contrataria de qualquer maneira, como um plano B. Que provavelmente se concretizaria porque o doce beta sabia que dificilmente perderia sua timidez ou que seria íntimo de Louis a ponto de se sentir confortável para fazer essa polêmica pergunta.

Quem dera se isso viesse a acontecer em sua vida.

É, mas é assim que era a vida real, as presas são obrigadas a engolir todos os seus sentimentos e só correr. Vamos seguir com isso!

CUDDLE IN  ◆  l.s. aboWhere stories live. Discover now