Brasa Quente

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Em uma sociedade de rótulos
Prazer pleno é quase um crime
ao homem, macho
Tudo pode
Já a mulher, fêmea
migalhas quando tem!

Viver o bdsm é liberdade
doses generosas de saciedade
no cortejo da vida
quero ser o mestre de cerimônias
MC desvendando à fêmea
Cadela
depravada
Sua fenda rosa
brasa quente
Desejo emergente
Seduzida
Pelo prazer bdsm!

Pela mão estendida
Seu Dono
esperando beijos e afagos
Porque te quero nua
na rua
Minhas mãos repousando
em sua pele arrepiada
Sem lingerie alguma
apalpar suas ancas
carinho indecente
Atraindo os olhos
num apocalipse moral!

Plenitude porque não?
Ter a vida tão sonhada
na cama
Esperando o calor do macho
embaixo da escada
Copular com a cadela no cio
Num devaneio de luxúria
brasa quente
Ardente
Jatos fluindo
Sendo depositado
Na boca
nojo?
E se cair no corpo
quente
Seria desperdício?
Nunca, levar à língua
O líquido ainda incandescente!

E que falte ar
garganta apertando
Na elegância da seda
gravata inflamando
Sentindo o líquido descendo
Brasa quente
incendiando o botão rosa
piscando
Quase clamando:
Toma o que é teu!

Nessa rota de colisão mental
imoral é quem julgar
Um jogo tão inocente
de corpos
Entrega de almas
Brasa quente
Desejo aflorante!

Ocultar é o que maioria faz:
Vidas vazias
sempre em busca
Na esquina do inesperado
Jogo ainda mais perigoso
sem rumo ou direção
de algo fugaz!

Sob o domínio da entrega
Brasa quente nunca cessa
Na espera de ir além
Vencer limites
nenhuma cena pronta
Ficar sempre a beira do abismo
da exaustão
Tudo girando
seguindo uma intuição
Porque para a maioria
É uma alucinação aprazível!

Na Caverna com o LoboWhere stories live. Discover now