Terremoto da Luxúria

11 2 0
                                    

Segue clamor 
retumbante 
inquietante do teu corpo.
Ele sabe as tuas necessidades
Atende quando ele se inquieta
Grita e suplica:
Liberdade!
Observe teu corpo
ele sabe do que precisa 
sabe os atalhos 
da fome como num deserto, 
do cio
Sede sem igual
desejando o oásis, 
do néctar que flui do Dono
Pureza cristalina.
Seja humilde perante teu corpo
sábio e observador
Ele o corpo te conduzirá
e não se contente com pouco 
adube  raízes  profundas,
que te precipite ao nirvana!
O corpo da fêmea 
mulher feita 
instintos desvendados 
À espera do sêmen 
Do macho que lhe trouxe 
libertação
fluir vadio
Da gaiola de convenções 
cálice
num brinde degustando
lentamente
instintos inflamáveis
Vulcânica conjunção 
carnal e mortal 
Dádiva perene!
Na alcova do prazer 
não há príncipes 
fadas 
Demiurgo
Céu estrelado é permanente 
Lua cheia
frequente
cometas e planetas no viajar
Colhendo os uivos
gemidos 
sussurros
e gritos 
Cio saciado
sêmen semeado 
na boca
Em sua fenda 
na pétala de seu ânus
eu montarei teu corpo
Encaixe perfeito de corpos 
e sairemos à galope, 
rostos ao vento,
corpos a bailar 
Insanos
num delicioso delirar
Terremoto da luxúria!

Na Caverna com o LoboМесто, где живут истории. Откройте их для себя