Na Caverna com o Lobo

Dor e Prazer!

A dor é inevitável
uma realidade atroz
Quem em sã consciência a deseja
busca como parte de si?
Então se dobre a meus caprichos
perceba o prazer na dor
A sedução que ela te faz molhar
dor e prazer!
Ou não terá nada, nada
Que venha de mim
Como Lobo devorador
Dominador e sádico

Tem livre escolha
Prefere viver,
sua existência vã
Talvez fétida
Sendo sempre a mesma pessoa
universo da mesmice
Vivendo para o trabalho
escrava de si mesma
Despetalando anseios
levados aos vento
Sem prazer nem de vez em quando
Ou quer prazer louco
estonteante
Viciante

Venha,
renda-se a meus caprichos
se submeta aos meus delírios!
Depois da dor
Sempre um orgasmo inesquecível
Um prazer insuportável
um desejo insano
De me sentir
grosso, duro e viril
Invadindo suas entranhas
preenchendo suas fendas
Num incansável êxtase!
Ao sentar na cadeira
a dor relembra
o quanto tudo girou
O quarto de penumbra
em meio a luz foi invadido
Gemidos e gritos
Palavras chulas e profanas
Vulgaridade?
Apenas a elegância dos instintos
a espera de um momento mais intenso
Destilando o absinto
adentrando a nova esfera do ser
Porque uma coisa é certa:
poucos tais momentos vão viver!