Na Caverna com o Lobo

Desbravando

Descobrimos coisas
Que poucos sabem,
Sigilo é riqueza da cumplicidade
Porque a sociedade moralista é hipócrita
Condenaria os ávidos
Sem piedade o Lobo e sua puta
Sentença maior a ela
Pela liberdade
Intensidade
Entrega
Dos lençóis desarrumados!

Na verdade deveria ser
Do saber comum:
A transfusão que existe no beijar
Quando a ternura é líquida
No entrelaçar de línguas sedentas,
Ao toque que produz
Sobressalto na alma
Batimentos cardíacos
em descompassado
Anseio em ser e ter
Num jogo de poder
Paixão inflamada
Fora do padrão!

E a transparência opaca do suor
Pelos orgasmos alcançados
Gozo desfrutado
Quanto pela impetuosidade
E o jeito que ficamos
Dos odores dos corpos
Do exagero do que se tem
Desbravando de forma tácita
O regalo do viver!