Devorando!

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Como uma bela ópera de Vivaldi 
Numa sinfonia de sensações
Convergência plena de gostos
Quando se começa a conversar
Não há hora para terminar
Nunca se esgota
Sem chavões
trivialidades
uma incrível naturalidade
Num reencontro de almas!
Mentes ativas e criativas
fêmea e mulher
A se oferecer como puta
numa vestimenta surreal
que iria depor contra sua moral
Revelando a vadia numa sensualidade
muito além do normal!
Retirando a lingerie negra
sem pressa
com a destreza de um Lord
Sedento
atento a cada sensação
Voracidade
nos olhos
Pressa?
Não não....

Guardar na memória
Que tal momento deixa
Lembranças inesquecíveis
inigualáveis do surpreendente
sempre inesperado nas reações
A cada toque,
cheiro e gosto
Todos os sentidos aflorados
em progressão
riqueza de sensações
Sentidos potencializados
instintos libertos
Sem pudores ou moralismos
prazer libertario
Aí sim ir ao nirvana!

Longos orgasmos
uivos e gemidos
Expor a essência selvagem
quase animal
gritos na loucura do tesão
Dois estranhos
corpos conhecidos
Dois conhecidos
em prazeres estranhos
talvez diriam profano.

Encontro de corpos e almas,
copulando
Pura poesia
exalando odor de sexo
pelos poros a inflamar
Despertando sentidos
antes na masmorra dos anseios
Libertando instintos
nem sempre vivenciados
Libertando a alma dos desejos
reprimidos e rotulados
libertação de moralismos tolos...
Vendar para desvendar,
amarrar para liberar
Cobertos somente pela sombra
dos  corpo nus!

A alma deseja
numa intensidade tamanha
Que esguichos fluem
Vergonha?
Abaixa sem se controlar
fluído jorrando
Nenhum controle
Vergonha?
Jamais!

Devorando a pela que ficará marcada
ao se ver no espelho
indelével tesão
O perfume exalando nos poros
Feromônios a encontrar no toque
da pele arrepiada
pela palmada concedida
O cinto lambendo as ancas
haveria limites ao prazer?
Sim sim, porém porque não ampliar?

Quando um consolo invade o botão
um toque, massagear com óleo
num prazer pronunciado
ilimitado
Já piscando e convidando
inimaginável
Quando a vara dura adentra
pregas a dar boas vindas
Como não delirar?

É um script do improviso
nada programado
Uma cena
sem roteiro ou enredo
Soneto dos instintos
Lobo devorando
dominar em direção ao êxtase
A fêmea esperando a hora certa
insano e devasso
vai fazê-la gritar e gemer
orgasmos em sequência
delirar e a implorar
ser usada,
tomada e possuída,
domada
Com orgasmos germinando
como botões de rosas
Buscando em seu carrasco
um verdugo insaciável
Insano e voraz
O prazer de pertencer ao lobo!

Na Caverna com o Loboحيث تعيش القصص. اكتشف الآن