Gramática Indecente

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Vou escrever em seu corpo
Guiado pelos sentidos
Com um spank:
Nas primeiras linhas com a chibata
Um arrepiar
Escrever com o chicote
em seu corpo vermelhidão
Pontuar com a Cane
em linhas colhendo gemidos
Sublinhar com a palmatória
linhas suaves pelas palmadas
Numa escrita firme pelo cinto!

E no predicado da sensualidade
um calor a invadir
As pernas se abrem loucamente
já totalmente molhada
Clamando: soca forte sem dó!
O botão rosa pisca
Como sujeito oculto suplicante
Abre as pregas!
Pelos afagos do plug com pedra
Embelezando a raba sensual
Liberdade desabergonhada
Tesão cruel!

E nada como a fonética dos gemidos
Grunhido sejam sufocados?
Nenhuma mordaça pode deter
ecoar livremente
Mesmo sem sons
Já imaginando de boca aberta
esperando dos jatos fortes
Volumosos
Da chuva dourado ou prateada
Engolindo tudo
Como uma gueixa
Na jornada dos deleites de prazer!

Certamente faltariam palavras
Para descrever
E até aos termos chulos
Vulgares
Putaria que a sociedade rotula
Mas é como o canto de sereias
Atraindo
Excitando
Atiçando
Sintonia inimaginável
Verdadeira música,
Sinfonia
aos ouvidos da puta!

Assim conseguirei ler seus arrepios
Suspiros
Os devaneios do cio
Gritos
Consumida pelo libido
Rosto iluminado pela saciedade
Nos orgasmos nunca alcançados
Corpo desvanecendo
Prazer jamais imaginado
E assim o semblante indecente
De pensamentos devassos
Povoando a mente
Na gramática indecente!

Na Caverna com o LoboWhere stories live. Discover now