Capítulo 111 - Desculpe

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Leah nem percebeu que estava prendendo a respiração. Só quando ela sentiu seu coração apertar é que ela finalmente inalou. Talvez fosse por causa do choque, mas sua mente estava em branco. Ela não conseguia pensar em nada. Abraçando a muda e paralisada Leah, Ishakan continuou sussurrando.

“Você já viu um deserto? Você não pode imaginar como é bonito olhar para a areia dourada espalhada pelo panorama.”

Os olhos ferozes do homem a olhavam amorosamente, perigosamente encantadores. Ela olhou para Ishakan como se estivesse enfeitiçada. Ela podia imaginar um vasto deserto arenoso estendendo-se como um oceano. Ela nunca o tinha visto, mas certamente seria precioso como ouro.

“E nem tudo é apenas areia. Na parte mais profunda do deserto, onde vivem os Kurkans, há um prado. Nesse lugar, as flores que você gosta sempre florescem.”

Seu rosto se aproximou sem que ela percebesse, tão perto que seus cílios se tocaram. Aqueles olhos dourados diante dela brilharam como estrelas.

“Nesse lugar você terá tudo o que quiser.”

Eu vou fazer isso acontecer.

As palavras eram firmes. Os olhos de Leah estavam úmidos e ela os fechou com força. O desespero a dominou e suas pernas tremeram, como se fossem ceder a qualquer momento. Agora ela não se importava se Ishakan estava mentindo ou dizendo a verdade. Qualquer um estava bem. Mesmo que fosse uma doce mentira, ela não se importava em acreditar, mesmo que ela morresse.

Só havia uma razão para isso.

Eu gosto de você, Ishakan.

As palavras que ela não podia dizer giravam em sua mente, tão poderosamente que ela temia que escapassem. Leah apertou os lábios com força e enterrou o rosto no peito de Ishakan. Na verdade, ela gostava dele desde a primeira vez que se conheceram. Desde sua primeira noite juntos, ela nunca o esqueceu.

A princesa solitária foi sabotada por um estranho. Ela sabia que ele era perigoso e ainda o deixou vir até ela, e no final, tudo desmoronou.

Mas estranhamente, ela tinha gostado disso. Ela gostava de perder o controle e a ordem. E isso era exatamente o mesmo. Ela queria seguir o homem que a estava tentando e quebrar todos os laços que a prendiam. Ela queria escapar para o deserto de areia dourada.

Mas ela não podia e não devia. Quando ela nasceu com o nome de Estia, Leah herdou as responsabilidades e deveres de uma princesa. Ela não podia manchar aquele nome com as próprias mãos.

Sua cabeça começou a doer com os desejos conflitantes, e ela teve que se forçar a se acalmar antes de dar a resposta que nenhum deles queria.

"…Eu sinto Muito."

Ishakan olhou para ela em silêncio. Suas palavras saíram hesitantes, como se alguém a estivesse estrangulando.

"Eu... eu não posso abandonar Estia."

E tendo dito as palavras, ela fechou a boca. Ishakan deu um olhar penetrante, mas nenhuma outra palavra saiu de seus lábios trêmulos. Quando ela mordeu o lábio inferior, o rosto dele se contorceu e as emoções que ele havia apagado apareceram novamente.

"…Vocês." De repente ele falou, irritado. “Você já sentiu que seus pensamentos eram estranhos?”

Leah piscou sem entender. A voz de Ishakan se elevou.

“Sua dedicação a Estia, sua escolha de morrer sem se opor à família real!”

***

Aí meu Deus! A rainha enfeitiçou nossa Leah... Sera? E aí o q vc acha? Vou esperar no comentário. Bjs e até o próximo capítulo.

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