Casamento Predatorio

Capítulo 126 e 127 Tentando evitá-lo

Depois de brincar com o cabelo de Leah, Cerdina pegou alguns fios que haviam caído e Leah a escoltou até a entrada principal do Palácio da Princesa, depois voltou para seu escritório. Sentando-se em sua mesa, ela pegou alguns documentos. Não havia dama de companhia para servi-la. Um sorriso de escárnio curvou a boca de Leah enquanto ela lia.

Trazê-la de volta ao palácio? Cerdina só queria continuar a atormentá-la. Nenhuma outra razão a traria de volta. Ela não permitiria.

Leah sorriu amargamente, caindo contra sua mesa. Fechando os olhos, ela contou os dias até o casamento. Não havia muito tempo antes que ela pudesse descansar para sempre. Sua vontade de viver já havia desaparecido há muito tempo. A morte era a única vingança que ela poderia ter, e a única maneira de ser livre.

Cerdina havia prometido que no dia em que Leah deixasse o palácio, ela libertaria suas damas de companhia da lavagem cerebral. Ela só conseguira que Cerdina prometesse isso abanando o rabo como um cachorro. Então, após o casamento, ela poderia cometer suicídio na primeira noite com Byun Gyeongbaek….

“…”

Leah cobriu o rosto com as mãos. Ela não conseguia pensar com clareza ultimamente. Desde aquele dia, todos os seus pensamentos foram interrompidos e ela mergulhou na melancolia. Sua mente parecia terra molhada depois da chuva.

A dor que Cerdina causara e a horrível sensação de se estrangular continuavam se repetindo vividamente em sua mente. Sempre que ela tentava se livrar dessas memórias, o nome dele sempre aparecia em sua mente. Isso machuca. Ela estava tentando esquecer aquele nome.

— Você já estrangulou alguém que você ama?

— Você já enfiou uma faca no coração?

Aquela voz suave soou em seus ouvidos novamente e seus ombros tremeram quando Leah cobriu os ouvidos com as mãos, soluçando silenciosamente. Sozinha, ela fechou os olhos e tentou erradicar a maré transbordante de medo.

O infortúnio só se torna maior quando compartilhado. Ele não pertencia à escuridão dela. Leah desejou com todo seu coração que aquele homem radiante estivesse sempre à luz do sol.

'...'

O tempo voou. Parecia ir ainda mais rápido porque ela não estava em seu juízo perfeito. Mas não importava. Em vez disso, Leah desejou que fosse.

Amanhã era o dia em que os Kurkans partiriam.

Leah caminhou sozinha no jardim do Palácio da Princesa tarde da noite. Cerdina a incomodara o dia todo, e ela estava exausta e queria ir para a cama imediatamente, mas não podia. Como antes, ela tinha certeza de que Ishakan a visitaria esta noite.

Ela sentia tanta falta dele. Mas ela não queria vê-lo. Ela não queria ter que dizer palavras cruéis para ele ou rejeitá-lo para afastá-lo friamente. Ela preferia que ele simplesmente fosse embora. Se ele o fizesse, então ela poderia acreditar que o amor que ele havia sussurrado para ela era uma mentira e ele estava simplesmente tentando roubar os segredos de Estia.

Então ela poderia terminar sua vida sem arrependimento.

Leah continuou andando mais devagar, esperando que ele a encontrasse, esperando ao mesmo tempo que não. Seus passos sem rumo pararam em frente ao jardim de tuberosas. Ou o que tinha sido um jardim. Todos eles foram arrancados e espalhados no chão, em preparação para novas flores. Olhando cuidadosamente através das flores esmagadas e quebradas, ela encontrou uma que ainda estava intacta.

No momento em que ela estendeu a mão...

“…”

Uma pequena pedra caiu na frente de seus pés. Lentamente, ela olhou para cima.