Capítulo 7. Sentimentos Confusos

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Capítulo 7 - Sentimentos Confusos

— Seulgi, por que você acha que cavalheiros beijam damas e lordes? — Jungkook ajustou o corset no rumo do peitoral que exibia dessa vez uma camisa preta de manga longa mas ainda com babados nas extremidades. Para completar usava uma saia preta longa, cheia, preta com detalhes dourados. Ele achava simplesmente lindo.

— Há uma única razão para um cavalheiro beijar, milorde. — Seulgi puxava as fitas do corset, o ajudando a fechá-lo. — Ele quer ir para a cama com a dama ou o lorde.

— Sempre? — franziu o nariz para si mesmo no espelho. — Quero dizer, ele não poderia beijar o lorde apenas para demonstrar amizade ou algo assim? 

A criada deu um resmungo e passou a dar o laço.

— É bem improvável. A menos que ele ache que atos carnais façam parte de uma amizade. Não, eu lhe garanto, milorde, a mente de um cavalheiro, na maioria das vezes, só quer saber de levar ômegas para a cama. E o resto — deu um passo para trás, para analisar sua criação — Provavelmente se ocupa com jogos de azar, cavalos e coisas assim. 

— Está falando sério? — se distraiu pensando nos lupinos que conhecia: mordomos, cocheiros, seus irmãos, vigários, funileiros e todos os outros, pensando apenas em atos carnais. — Mas e quanto aos filósofos e intelectuais? Obviamente eles passam um bocado de tempo pensando em outras coisas, não? 

Seulgi balançou a cabeça, demonstrando sabedoria. 

— Qualquer alfa que não pense em atos carnais tem algum problema, milorde, filósofo ou não. 

— Ah. Mas e se um alfa beija um ômega e depois se recusa a fazer isso de novo? Mesmo quando encorajado? 

Fez-se silêncio atrás dele. Jungkook levantou a cabeça e encontrou o olhar de Seulgi no espelho. A criada tinha dois vincos entre as sobrancelhas que não estavam lá antes. 

— Então ele deve ter um bom motivo para não beijá-lo, milorde. — os ombros de Jungkook se curvaram. — Claro, na minha experiência — continuou com cuidado — Os alfas podem ser facilmente persuadidos a beijar e fazer outras coisas. 

Os olhos do ômega se arregalaram. 

— É mesmo? Até se ele estiver… relutante? 

A criada fez que sim com a cabeça uma vez, dizendo:

— Até mesmo contra a vontade deles. Bem, não há nada que os pobres coitados possam fazer, não é? Eles são assim. 

— Entendo. — se levantou e, num impulso, abraçou a ômega. — Você é muito sábia, Seulgi. Nem posso dizer como esta conversa foi útil. 

Seulgi parecia alarmada. 

— Mas tome cuidado, milorde.

— Ah, tomarei. 

E saiu do quarto. 

Lorde Jungkook desceu correndo a escada de mogno e entrou no ensolarado salão matinal, onde o café da manhã era servido. Taehyung já estava tomando chá na mesa dourada. 

— Bom dia, docinho. — foi até o aparador e ficou contente ao ver que a cozinheira havia preparado arenques (peixes) defumados na manteiga. 

— Jungkook? 

— Sim, meu bem? 

Arenques defumados eram uma ótima maneira de começar a manhã. O dia nunca poderia ser completamente ruim se começasse com esses peixes.

— Onde você esteve na noite passada? 

— Na noite passada? Eu estava aqui, não? — se sentou diante de Taehyung e esticou a mão para pegar o garfo. 

Entre Amor e Ódio {Jikook}Where stories live. Discover now