Capítulo 13 - Descoberta da Morte

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➼ Passamos da metade da adaptação, a partir de agora preparem os corações. Vai ter de tudo, drama, brigas, sexo, choro, cada detalhe será importante para a história chegar ao ponto que precisa chegar. Lembrem-se disso. Mas prometo um final feliz :)

➼ Boa leitura!

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Capítulo 13 - Descoberta da Morte

Park Jimin acordou com um gosto de cerveja velha na boca. Esperou um momento antes de abrir os olhos. Embora fizesse muito tempo, ele nunca havia esquecido a tortura dolorosa que era a combinação de luz do sol e ressaca. Quando finalmente abriu os olhos ressecados, viu que o cômodo estava claro demais para o início da manhã. Tinha dormido além da conta. 

Resmungando, levantou-se com dificuldade e ficou sentado por um momento na beirada da cama com a cabeça nas mãos, sentindo-se estranhamente velho. Meu Deus, que idiotice fora encher a cara ontem!

Ele tentara rastrear os rumores sobre a alfa envenenada, indo primeiro à White Mare e depois à Cock and Worm, mas Taemin não estava na taberna, e ninguém mais falaria com ele. Em todos os rostos vira desconfiança, e em alguns, desprezo. Enquanto isso, o que o alfa da cicatriz lhe dissera ressoava em seu crânio como um cântico. Puto. Puto. Puto. Talvez ele estivesse tentando afogar essas palavras traumáticas enquanto bebia inúmeras canecas de cerveja na noite passada. 

Um estrondo veio do cômodo principal do chalé. Jimin virou a cabeça com cuidado naquela direção e suspirou. Yoongi provavelmente estava com fome. 

Ele cambaleou até a porta e encarou a cena. O fogo ardia, e havia um bule quente em cima da mesa. O garoto de olhos de gato estava agachado no chão, estranhamente imóvel. 

— Eu derrubei as colheres. Desculpe — murmurou ele. 

Yoongi arqueava o corpo como se tentasse ficar menor, como se quisesse desaparecer. Jimin conhecia aquela postura mais do que gostaria... O garoto achava que ia apanhar. Ele balançou a cabeça. 

— Não tem problema. Não se preocupe, tudo bem? — sua voz soou como uma pá arranhando as pedras no chão. Ele pigarreou e se sentou à mesa. — Você fez o chá, é? 

— Sim. — Yoongi se pôs de pé, serviu uma xícara e cuidadosamente entregou ao alfa. 

— Agradecido. — tomou um gole e o líquido desceu queimando a garganta. Ele fez uma careta e esperou, mas seu estômago rapidamente parecia melhor, então tomou outro gole. 

— Eu também cortei um pouco de pão para as torradas. — Yoongi trouxe um prato para que ele o examinasse. — Mas elas não ficaram tão boas quanto as suas. 

Jimin olhou para as fatias irregulares com um olhar tristonho. Ele não tinha certeza se seu estômago aguentaria ingerir comida sólida naquele momento, mas o garoto precisava de incentivo. Tinha que se esforçar para comer.

— Estão melhores que as de Lorde Jungkook. 

O sorriso se apagou do rosto de Jimin quando ele pensou no que havia dito e feito ao seu lorde ômega na noite anterior. Ele fitou o fogo. Em algum momento do dia, teria de se desculpar, supondo o fato de que Jungkook pudesse ainda querer falar consigo.

— Vou torrá-las. — Yoongi devia estar acostumado a silêncios súbitos e estranhos. 

Ele espetou o pão no garfo torto e encontrou um local para segurá-lo acima do fogo. Park observou o garoto. Ainda era só um garoto considerando que sua classe apareceria apenas aos quinze após o primeiro cio.

Yoongi não tinha pai, e, graças a Granville, nem mãe. Apenas aquela velha, sua avó, e Jimin nunca vira uma alfa menos amorosa que ela. Ainda assim, lá estava ele, cuidando com competência de um adulto enjoado por ter se excedido na bebida. Talvez o garoto tivesse precisado cuidar da avó depois de uma noite de bebedeira... Aquela ideia trouxe um gosto amargo à boca do alfa. Ele tomou outro gole de chá. 

Entre Amor e Ódio {Jikook}Where stories live. Discover now