Dama da Noite

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Ret

Entrei com elas em casa, Fabi não paarava de chorar um minuto, eu não tava entendendo o que aconteceu. Peguei um copo da água pra ela que bebeu quase em um só gole.

-Calma, nega.-Passo a mão nas suas costas.

A pivetinha não saia do colo dela por nada, grudou que nem carrapato. Ela deita a filha no colo, senta pra trás e eu a olho sem entender nada.

-Dorme aqui?-Pergunta olhando pra frente.

Me sento mais pra trás, pego sua mão e beijo.

-Claro.-Ela sorri fraco.

Deita no meu ombro e funga, faço carinho nela. Era uma momento que ela tava tão frágil, eu não tava sabendo o que dizer e nem fazer.

-Vou dar um banho na Jade e tomar o meu.-Se levanta.-Pode ficar a vontade.-Assinto

Peguei meu celular vendo umas mensagens, respondo as principais e abro o instagram, fico eolando o feed por longos 40 minutos, quando ela volta sozinha só de camiseta e calcinha. Passa por mim e vai até a cozinha logo retorna com um pacote de salgadinho.

Senta do meu lado e coloca as pernas em cima de mim, e fica olhando pra cima. Seu cabelo tava molhado ainda, por conta do banho obviamente.

-Eu vou processar todo mundo, que se foda. O que fizeram com ela vai se tornar um trauma permanente.-Fala irritada.

-Se quiser, eu posso ajudar em algo, pagar um psicólogo, sei la.-Dou de ombros.

-Dinheiro não é o problema pra mim, Filipe. Só quero que paguem o que fizeram com a minha filha!-Fala com a voz meio falhada.

-Eles vão, gata, relaxa.-Puxo ela pra sentar no meu colo.

Arrumo seu cabelo e beijo sua bochecha, ela sorri fraco e deita no meu ombro. Eu gostava de estar com ela, sentindo que tava me tornando algo importante na vida da Fabi.

O celular dela notifica, vejo um monte de mensagem de macho, faço que nem vi, não quero arruma b.o pra minha cabeça.

-Desculpa, nem pedi como foi em BH.-Fala ela guardando o celular.

-Foi foda, cansativo pra caralho, não via a hora de te ver.-Ela sorri.

-Tu ta me laçando hein.-Ri dela.

-Vi.-Ironizo, me olha estranho.

-Por que?

-Cheia de contatinho assim, fodida.-Ela ri, reviro os olhos.

-Ciúmes que diz?-Fico sério e ela tambem.-Só tu vem na minha casa, não soube?

-Brinca mais, daqui a pouco tu ta no IML.-Ela ri e eu seguro a risada, mas quase não consigo.-Bagulho que me deixa feliz contigo, que tu me trata como o Filipe, não o Filipe Ret.-Ela sorri.

-Tu se acha pra caralho, meu Deus.-Ela ri, bato na sua cabeça de leve.

-Isso que da ser legal contigo, pau no cu.-Falo bolado.-Pior raça de mulher que tem, papo reto!-Cruzo os braços me jogando pra trás.

Ela ri e espreme os olhos.

-Nem é pra tanto, vai.-Dá um tapinha no meu braço.

Se deita em cima de mim, abraço ela. Ficamos ali por um tempo, até a bacana decidir fazer janta, acho que passo fome hoje.