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2 meses depois

Era aniversário da minha filha, então fiz uma festinha, proa amigos mais chegados. Não tinha tema, apenas era sobre a cor favorita dela, azul claro. Vesti ela com uma roupa bem confortável e ajeitadinha, pra depois não ficar me encomodando pra trocar. Já vai fazer 12 aninhos cara, sem condições.

Estava terminando de me arrumar, não me enfeite muito, apenas um jeans largo e um cropped, com alguns acessorios pra complementar. Filipe tava olhando me arrumar, enquanto colocava minhas argolas encarei ele sorrindo.

Não que eu seja insegura, mas eu tinha medo da relação dele com a ex, fingia não me importar, mas era difícil.

Puxa minha conuta me fazendo sentar no seu colo de lado. Beija meu pescoço e arruma meu cabelo pra trás, ri dele.

—To querendo fecha contigo 10/10 agora, ser minha mulher real!—Sorri com o jeito dele.

—Se tu fecha comigo, eu fecho contigo, sem câo.—El balança a cabeça rindo.

Pega uma caixinha de veludo vermelho e me entrega, abro vendo duas alianças, uma vinha com um solitário. Olho pra ele sorrindo e abraço pelo pescoço.

—Coloquei coleira, agora tu não escapa mais.—Ri batendo em seu braço.

Ele segura meu pescoço e beija minha boca, sorri separando.

—Sai, vai borrar minha maquiagem.—Me levanto empurrando ele.

Passo meu batom vermelho. Logo Jade aparece toda animada com alguns balões e meu celular em mãos assistindo desenho.

—Tia Gaby pediu pra você ir lá.—Fala e eu balanço a cabeça sorrindo.

Pego na sua mão e faço sinal com a cabeça pro Ret vir com nós. Fui pra garagem aonde estavamos montando a mesa com as comidas.

Gaby me olha e direto encara meu anel e ri da minha cara, sem comentar nada. Vejo que estava tudo muito lindo, sorri pra ela.

—Fiz minha parte já, nega.—Aperto os olhos pra ela.

—Arrumou os doces e salgados?—Assente.—Tu diz.—Bate no meu braço e eu ri.

—Tem cerveja?—Pergunta Filipe abraçando minah cintura e beijando a lateral da minha cabeça. Olho pra ele.

—É uma festa de criança, óbvio que não tem bebida.—Dá de ombros e pega o celular, reviro os olhos.

Terminamos de arrumar alguns detalhes e logo minha família chegou, estavam todos muito felizes parabenizando minha filha, mas logo olharam torto pra mim e Ret.

—É aquele bonitão que te buscava lá em casa sempre?—Pergunta mãe chocada, ri sem jeito.

—Eu mesmo, sogra.—Ele sorri malandro e meu pai ficou enciumado.

—Tira o olho da minha mulher, eu hein.—Filipe ri dele e aperta a mão do meu pai, fala algo pra ele e Filipe me olha.

Balanço a cabeça rindo, abraço minha irmã e vejo Jade brincando com outras crianças. Minha vó vem até mim, me beija no rosto.

—Por que a Jade parece um menino, fia?—Pergunta se sentando em uma cadeira.

—É o jeitinho dela.—Nega com a cabeça.

—Na minha época não tinha disso.—Dou risada.

—Quer algo?—Balança a cabeça.—Ok.

Vou até a mesa e pego um copo descartável, coloco refri e em um pratinho alguns salgados. Entrego a ela. Observo de longe Ret recebendo o filho e a ex mulher, convidei a Anna por que criamos uma amizade legal até. Cumprimeto eles e noto o encomodo do Filipe, ele parcia desconfortável.

—Nossa que linda a decoração, Fabi.—Fala sorrindo e eu balanço a cabeça.

—O que a gente não faz pelos filhos.—Assente.

Nos sentamos e eu logo vi que o Filipe tava do lado de fora conversando com a minha prima, Pamela. Anna estava falando sobre o que planejava fazer no carnaval do ano seguinte, por mais encomodada que estava, prestei atenção nela.

Logo que chegou praticamente todos os convidados, peguei a Jade pra cantar parabéns, sabia como era importante a presença do pai aqu, mas dua ausência estava clara. Ela não pedia dele, apenas quando sentia saudade dormia abraçada a farda dele, que até então eu não havia devolvido.

Cantamos o parabéns e ela assoprou as velaa fazendo pedido, eu como a mãe babona que sou chorei horrores, inadmissível minha neném estar desse tamanho ja!

Tiramos um par de fotos com a familia e tudo mais, por fim servi o bolo e peguei um pratinho pra mim, também sou filha de Deus! Fui em direção do meu então namorado e vi a Pamela do lado dele.

—Some.—Falo boladinha.

—Pega outra cadeira, cara.—Fala ela, olho pro Filipe que nem falava nada só comia bolo.

—Se tu não levantar esse cu de grilo dai, eu te arrasto pelo cabelo.—Falo na boa.

—Nossa, sebosa!—Bate cabelo de levantando.

—Vo nem fala nada pra tu.—Falo pra Ret que ri balançando a cabeça.

Me sento e sinto seu olhar em mim, finjo que nem ta ali e continuo comendo.

—Surtadona, maluco! Do jeitinho que eu pedi a Deus!—Reviro os olhos limpando a boca no guardanapo.

—Também vou ficar trocando risadinha com meu primo, vamos ver se tu vai achar bonito.—Fecha a cara.

—Tu é puta mermo, nem espero.—Bato no seu braço e ele ri.—Para, porra, quer arrumar bagulho pra eu brigar com tu!

Balanço a cabeça e ignoro. Ele fica falañdo essas porra ai, achando que eu não vejo, daqui a pouco to tomando tarja preta por causa dele.

—Qual foi que o Tz ta com a Gaby?—Pergunta Ret.

—Namoram.—Respondo seca me levantando.—Ele respeita ela, ao contrário de certos.—Sorri falsa dando as costas.

Vejo Jade brincando de esconde esconde com os primos e o meu irmão bobão correndo atrás também. Todo mundo tava feliz, graças a Deus!

Dama da NoiteWhere stories live. Discover now