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Jade passou os dias seguintes do seu aniversário super mal, como já havia dito ela tem uma saúde frágil. Estava reclamando de dor, entre outros sintomas, decidi ir ao médico, já estava anormal.

Ela fez diversos exames, prescreveram mais e mais remédios, mas ela só piorava constantemente. Notei na manhã seguinte da bateria de exames um inchaço em seu pescoço, já havia visto, mas ignorei, dessa vez não. Levei ela a mais um médico que não fes uma cara muito boa e pediu mais exames.

Eu estava com medo.

Minha vida parecia desabar, minha filha doente, meu namorado viajando e pra piorar estoulotada de encomendas.

Quase uma semana depois os resultados sairam. Então havia reconsulta, minhas mãos soavam de nervoso, quase nem dormi a noite toda.

Acordei bem cedo junto a Jade, tomamos banho e tentei fazer ela comer um cereal, mas ela negava, não forcei. O dia estava quente, pra minha alegria, coloquei um vestido comprido com girassóis.

Partimos em direção a clinica perto das 8 horas. Tomei um passo para deixar de ser super protetora: Deixei que ela se sentasse no banco do carona, ela já tem 12 anos.

Coloquei nossa música favorita pra tocar no rádio, mas ela não se animou em cantar. Fiz biquinho e ela riu fraquinho olhando pela janela em seguida, volto olhar pra frente.

Mudri o foco dos meus pensamentos, para eu não ficar louca de preocupação. Não acho que vá dar certo meu namoro com Filipe, ele anda muito com a ex e eu me sinto de escabteio. Sem problemas eles serem amigos, até por que eles ainda tem o Théo, mas me deixar de lado sabe? Dói.

Ai que se foda, não tenho mais idade pra me preocupar com namoradinho.

—Filha...—Ela me olha.—Quer comer o que depois do médico?

—Nada, mamãe.—Olho feio pra ela que ri sem jeito.

—Sua vó já disse que não pode ficar sem comer.—Ela balança os pés.

—Escolhe por mim.—Faço bico.

—Ta.—Paro o carro e olho pra ela que tirava o sinto.—Qualquer coisa mamãe ta com você, beleza?

Ela ri e balança a cabeça.

—Não sou mais criança.—Ri dela.

—Até fizer 18 anos, você é minha neném.—Mostra a lingua pra mim.—Abusada!—Ela ri.

Saimos do carro e ela não quis pegar na minha mão, vo chora, ela já estava fazendo isso a um tempo, acho que ela cresceu e eu não percebi.

Logo qu echegamos na recepção da clínica o doutor nos chamou e fomos até a sala. Ele foi super simpático com nós, assim como na outra vez.

—Tenho que ser direto com vocês, o quadro clinico da Jade não é grave, mas pode tornar a ser se não trata-la.—Sinto meu coração errar as batidas, aperto minha filha no colo.

—Mas o que ela tem?—Questiono angustiada.

Não ter um companheiro nesse momento para segurar minha mão e dizer que iria ficar tudo bem, fazia eu me sentir ainda pior.

—Câncer de Tireoide.—Suspira e cruza os braços.—Recomendo começarmos o tratamento imediato.—Assinto meio deslocada.

—Mãe, eu to doente?—Me olha chorosa.

—Vai ficar tudo bem, nega.—Beijo sua cabeça.

Limpo a lágrima que insistia em cair. O doutor coloca a mão no meu ombro e se abaixa, ele me aconselha e fala sobre o tratamento, que a princípio era bem agressivo.

Estava sem chão, não posso perder minha menina.

Dama da NoiteOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz