Dama da Noite

18

Ret

Peguei o Théo na casa da mãe dele e ficamos o dia todo juntos. Ele tava feliz, parece que gostou de me ver. Deixei ele brincando e recebi dois amigos pra produzirmos uma musica nova.

Não conseguia parar de pensar na Fabiana, doi gostar dela. Espero que a Gaby fale algo pra ajudar, por que eu dessiti de tentar, ela não se respeita e nem me respeita. Mas enfim não adianta insistir em quem não te quer.

Vo faze o meu e fodase amor, come só as puta e boa.

-Ae irmão.-Dallas me chama.-Ta em que planeta?

-Planeta Fabiana.-Ironiza L7 e eles riem.

-É...infelizmente.-Ri de lado.

Era torturante pensar nela, cansa gostar dela, cansa muito.

-Foca no corre, mulher não da futuro.-Fala ele.

-Mas tu namora.-Fala L7.

-Uma coisa não tem nada a ver com a outra.-Rimos.

Théo vem até mim e pede colo. Sento ele nas minhas perna e volto a focar, ou tentar pelo menos. Tava foda pensar em palavras que encaixavam.

O interfone toca. Deixo ele brincando com o L7 e vou atender. Levo o telefone a orelha.

-Quem é?

-Eu, abre.-Fabiana fala.

-Não. Veio me dar um fora de novo?-Debocho e ela suspira.

-Deixa eu subir, por favor, quero conversar.-Insiste.

-Tem gente aqui.

-Não importa.

Puta merda, mulher insistente da desgraça.

-Ta, sobe.-Aperto o botão pra destravar o portão.

Volto pra sala de produção, bufo e me jogo no sofá. Jogo meu boné na minha cara puto pra caralho com aquela fodida. Só quero morrer hoje, vá a merda Fabiana.

-Que deu padrim?-Pergunta L7

-Fabiana.-Ele ri.

-Boa sorte. Estamos te ajudando, daqui.-Faço careta.

Ela é a unica que me deixa nervoso e eu não sei por que, ela me enrola e faz da minha vida uma montanha russa. Inferno.

Ouço ela bater na porta. Suspiro e falo pra eles ficarem a vontade e de olho no Théo. Fecho a porta do meu estudio. Abro a porta da entrada e vejo ela, toda arrumada, parecia uma boneca.

-Oi.-Ela sorri meiga.

Não respondo, só deixo passagem pra ela entrar. Fecho a porta e fico loco de vontade de bater minha cabeça na parede até rachar no meio.

Ela senta no sofá, timida. Fico em pé e cruzo os braços.

-Não enrola.-Falo impaciente.

Ela suspira e me olha.

-Desculpa por não entender você ou seus sentimentos, que seja.-Arqueio uma sombrancelha.-A vida é curta demais pra ter medo de amar de novo. Me dá uma ultima chance?

Suspiro pensativo. Sento em uma poltrona e passo a mão no cabelo olhando para baixo. Encaro ela.

Com toda a certeza desse mundo ela é A garota pra minha vida, além de qualquer compreensão. Estar com ela é estar no paraiso e eu quero tentar de novo, mas não quero acabar com a minha saúde mental com uma mulher assim.

-Claro.-Respondo.-Só, por favor, eu não quero ser o único tentando fazer dar certo.-Ela assente.

-Prometo que não vai se arrepender.-Ela se anima, dou um sorriso fraco.

Ela me abraça com força e beija minha boca, passo minha mão sem malicia pelo seu corpo. Espero que a gente realmente dê certo. Se não der, eu não tento com mais ninguém, juro