capítulo 30

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Chris.

Encaro a porta por onde Emma acabou de atravessar.

Foda-se, essa garota vai me destruir.

Dou um passo em direção a saída, mas a maldita Isabella Rosso faz eu parar.

— Meu pai diz que voltará a fazer negócios com você.

Interrompo meus passos com isso.

Porra.

Me viro e olho Isabella que tem uma expressão inocente, mas que sabe o poder que tem. Se Isabella fosse um homem no nosso mundo, ela seria o tipo de que joga para todos lados, o tipo egoísta que faz de tudo para sobreviver.

Ela encosta seu corpo no sofá de couro com a cabeça erguida e com seus seios ainda em minha visão.

Ando em sua direção encarando seus lábios, fingindo que sou igual aos outros homens que fazem tudo que ela manda. O erro de Isabella é acreditar que consegue tudo apenas com esse rostinho bonito.

Paro na sua frente, e ela me olha como uma virgem.

Abro um sorriso frio.

— Sim? — Minha voz sai baixa. — Em troca de quê?

Isabella passa a língua em seus lábios rosados e se levanta, ficando frente a frente comigo. Ela é mais alta que Emma, e consigo encarar seus olhos sem precisar inclinar minha cabeça.

Ela esfrega os peitos enormes no meu terno.

— Você sabe que papai nunca faz nada de graça. — Passa um braço envolta do meu pescoço. — Mas eu sou sua garotinha. Ele faria qualquer coisa por mim.

Se Steven estivesse aqui, ele riria, mas sou apenas eu, então encaro seu rosto, impaciente.

— Diga o que quer, Isabella.

Ela passa outro braço ao meu redor. Seus olhos nos meus de uma forma estranha.

— Você lembra quando éramos pequenos, Christopher? Você disse que um dia seria o capo e eu seria sua esposa.

— Não. — Digo imediatamente.

Porque eu não me lembro, porra.

— O que você quer, Isabella? — Falo em tom cortante, estou cansado disso e preciso encontrar Emma.

— Quero que você se case comigo.

Que porra é essa?

Devo ser o filho da puta mais azarado, por que merdas assim acontecem comigo?

— Você está brincando comigo agora? — Falo alto e me afasto dela. — Me diga a porra do preço, Isabella, e eu darei ao seu pai.

Ela se irrita também.

— Estou falando. — Ela vem em minha direção. — Poderíamos nos unir, eu e você poderíamos ter qualquer coisa.

Ela parece desesperada, e eu quero muito rir.

— Uniremos duas das mais influentes famílias da Itália. Você sabe que essa sempre foi a intenção, nós dois nos casarmos.

Coisas assim aconteciam o tempo inteiro na máfia, mas Isabella achar que um dia eu me casaria com ela por isso, ela devia estar muito fodida.

— Eu não vou me casar com você, Isabella. — Falo em um tom que penso encerrar essa discussão.

Me viro para sair.

Foda-se os negócios com Giovanni, talvez eu coloque uma arma na cabeça dele e obrigue ele assinar alguns papéis…

— É por causa dela, não é? — Sua pergunta interrompe meus passos e meus pensamentos.

Submissa - O Destino Tem Outros PlanosWhere stories live. Discover now