capítulo 13

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Chris.

Eu vi o seu olhar.

Eu sei que Emma queria isso, porra. 

Mas ela simplesmente disse “não”, e me deixou lá, duro pra caralho. 

Não sei que tipo de jogo ela estava jogando, mas estava começando a ficar cansado. Ela gostava de ter alguns orgasmos e me dispensar, como se ela estivesse na porra do controle, e o pior é que isso parecia verdade. 

Recuei, lhe recusando orgasmo, e deixei ela lá, como se ela não fosse nada, porque eu podia muito bem jogar a merda desse jogo. Fiz ela parecer nada, quando tudo que eu queria era ficar de joelhos e sentir sua boceta me sufocando mais uma vez e ouvir seus gemidos. 

Deixar ela provar um pouco dessa rejeição, seria bom para ela. 

Emma voltaria para mim, sei que sim. 

***

Emma.

Hoje devia ser sábado ou domingo, pois não via os empregados à vista. Depois de passar horas no meu quarto fazendo absolutamente nada, saí e desci as escadas em direção a cozinha para tentar fazer algo para meu café da manhã.

Na Strix, eu nunca cozinhei, havia pessoas para isso, mas eu vi eles cozinhando quando em uma tentativa de fuga fracassada, Vanessa me castigou para limpar a cozinha inteira durante uma semana. Aprendi a fazer ovos e panquecas, o que para uma menina de 12 anos, na época, parecia ser um banquete.

Ao descer as escadas, um som de uma melodia invadiu todo espaço. Na escola tivemos aulas de piano, mas eu nunca prestei atenção o suficiente. Me movi silenciosamente e encontrei Chris tocando como se fosse algo fácil para ele. Seus olhos estavam fechados e seus dedos se moviam graciosamente, tive inveja por isso.

Ele parecia concentrado demais, então dei passos para trás tentando sair silenciosamente. É claro que deu errado e eu acabei esbarrando em algum vaso idiota que caiu no chão se quebrando em mil pedaços.

— Merda. — Sussurrei olhando o desastre ao meu redor.

Olhei em direção a Chris que estava com os olhos abertos agora, uma sobrancelha arqueada e um sorriso divertido no rosto. 

— Disse para aproveitar a estadia, mas não tanto assim. — Abri a boca para responder qualquer insulto, porém ele falou primeiro: — Não se mexa, você pode se cortar. 

Ele andou calmamente até mim, e me envolveu nos braços como se eu fosse a porra de uma donzela, pensei em fazer algum comentário sarcástico, mas deixei para lá. 

Ele me deixou no banco do piano, enquanto pegava os cacos nas mãos e saiu logo um tempo depois, voltando para limpar o resto. 

Quando terminou, me senti um pouco intimidada vendo ele vim em minha direção. Porém, Chris ignorou-me completamente, sentou-se e voltou a tocar de onde havia parado. 

Ele parecia tão concentrado e absurdamente lindo que era hipnotizante para mim. 

— Você vai ficar aí me olhando? — disse com os olhos ainda fechados, com um sorriso na boca enquanto continuava a tocar.  

Minhas bochechas esquentaram, e fiquei feliz por ele não estar vendo. Limpei a garganta e disse:

— Não sabia que você tocava. 

— Desde os 9 anos. — Murmurou por cima da melodia.

Isso me fez pensar quantos anos exatamente ele tinha. 

Submissa - O Destino Tem Outros PlanosWhere stories live. Discover now