capítulo 35

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Pisco abrindo os olhos, sentindo um corpo quente e forte abraçando. O cheiro de chris me envolve e sinto uma parte de mim se acalmar e relaxar mais uma vez. Volto a dormir.

Quando acordo novamente, a luz do dia ilumina o quarto e Chris está sentado na cama, vestindo apenas uma calça moletom cinza e me observando.

— Quanto tempo você está aí? — Minha voz sai rouca e baixa.

Ele leva sua mão até minha bochecha, que está calejada, mas quente, e é reconfortante enquanto ele acaricia com seu polegar.

— Há muito tempo, você me acordou com esses seus roncos.

Dou um tapa fraco na sua mão que segurava meu rosto e ele ri levemente.

— Eu não ronco. — Resmungo.

Chris sorri.

— É claro que não, você é toda perfeita.

Sua mão para e seu sorriso se desmancha aos poucos. Ele encara um ponto atrás de mim, pensativo.

Algo aconteceu.

— Você já voltou, eu achei que você ficaria lá por dois dias.

Chris evita meu olhar e afasta sua mão junto com seu calor.

— Eu já acabei meus negócios por lá. — Ele sussurra.

— Isso foi rápido.

Chris não responde nada, e começo a ficar desconfortável, o que ele está escondendo de mim?

Abro a boca prestes a perguntar, mas ele me interrompe.

— Cassio esteve aqui a mando de Marco.

Prendo minha respiração.

Será que ele sabia do bilhete? É impossível, eu o escondi em um lugar no meu quarto.

Passei a noite me revirando pensando se devia ou não encontrar Marco. Essa ainda era a única chance de eu saber algo sobre a minha mãe, se eu não o encontrasse, me arrependeria pelo resto da minha vida.

— Marco é o cara que tocou você naquela noite, você já deve saber.

Eu me movo para sentar na cama, e balanço a cabeça, confirmando.

Chris se vira para mim, a luz dos seus olhos encontraram os meus e eles parecem firmes.

— O que exatamente aconteceu entre vocês dois lá?

Suspiro e lembro dos acontecimentos na noite passada, da sua mão fria tocando meu braço, a forma como ele parecia tão desesperado e... louco enquanto perguntava sobre o colar da minha mãe.

— Não aconteceu nada. — Balanço a cabeça, a mentira saindo facilmente. — Ele estava bêbado e achou que eu era uma das garotas do lugar. Eu o recusei e ele continuou me seguindo.

Digo a verdade em partes. Meu pulso acelera um pouco e evito o olhar de Chris que sinto me analisar nesse momento..

— Isso é tudo? — Sua voz é baixa e eu estremeço, é como se ele soubesse que eu estou mentindo.

Finalmente encontro seus olhos que brilham enquanto me analisam, cachos loiros cobrindo um pouco eles.

Dou de ombros.

— Sim. Você chegou logo depois.

Mais uma vez lhe dou meias verdades.

Chris me encara durante alguns segundos, e meu coração acelera dentro do peito. Ele morde o lábio inferior, balançando a cabeça como se compreendesse, então se levanta da cama, se movendo para a saída do quarto.

Submissa - O Destino Tem Outros PlanosWhere stories live. Discover now