Hardin não é mais um garoto e esta longe de ser o novo príncipe da Alemanha. Acordos foram feitos para alianças serem formadas, mas essa aqui está longe de ser a melhor delas. Raízes do passado retornam testando os limites do novo herdeiro da cadeir...
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HARDIN MARSHALL
Seguro sua mão com mais força do que pretendia segurar, como se Carina fosse fugir de mim a qualquer momento, mas ela não vai, então por quê estou segurando sua mão com tanta força?
O corredor preto em que sigo é estreito o teto corre uma linha de luzes brancas, as paredes pretas com rabiscos dos nomes de todos que passaram por esse corredor. Já escrevi meu nome em uma dessas paredes várias vezes, mas não tenho uma caneta para Carina escrever o seu, então não toco na ideia.
Noto as cortinas de pedrinhas no final do corredor onde também consigo notar o lugar escuro com luzes azuis e a música alta que invade o corredor quando uma porta de vidro se abre para Carina e eu passarmos.
— Senhor Marshall. — o homem de smoking ao lado da porta abaixa a cabeça ao me cumprimentar, seus olhos pretos deslizam para a mulher ao meu lado que está concentrada demais em apreciar o lugar, então não nota o que acabo notando. — Senhora Marshall.
Aperto a mão de Carina com mais força. Seus olhos pretos apreciam o corpo da minha esposa com desejo. Sorrio com maldade pura na alma. Ele está desejando ela, imaginando o corpo da minha esposa nú por baixo deste vestido minúsculo e fino.
Olho de cima abaixo me perguntando quando ele vai parar de secar a bunda dela, porque se ele não fizer isso por vontade própria talvez eu seja obrigado a adiantar as coisas por aqui.
— so, let's go? — o britânico da sua voz é sensual. Carina tem uma voz perfeita e o inglês britânico deixa ela tão sensual que acho que vou gozar na calça só de ouvir sua voz.
— Chiaro... — arrasto seu corpo pela multidão de corpos.
Não é uma festa pública, mas também não é uma social. Não conheço muitas pessoas aqui, mas as que conheço estão nas mesas ao lado da pista de dança ou estão no bar ou até mesmo na pista de dança.
O cheiro do bar está gelado, abacaxi, menta e álcool. É uma combinação estranhamente confortável. A música que toca se paredes com rapper, mas está longe de ser um rapper, é algo mais divertido e animado.
Do outro lado da pista de dança a luzes brancas sinalizando ao pequeno palco onde três garotas dançam ao redor de um homem enquanto pessoas estão em volta gritando e rindo da cena.
— Marshall! — viro-me de lado para o moreno diante de mim.
— Fakhry... — trocamos um abraço rápido.
Damiano Fakhry é o um amigo meu, foi ele quem me chamou a festa, sabia que eu estaria na cidade e não pensou duas vezes em me convidar, não somos próximos, mas temos uma amizade de longa data por conta da máfia.
