Capítulo-21

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CARINA R

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CARINA R. MARSHALL

Visto um vestido longo e largo que não mostre mais do que meus braços. Calço uma rasteirinha alta branca com detalhes cinzas e prendo o cabelo em um rabo de cavalo bem feito. Não uso nenhuma maquiagem, não uso uma jóia sequer. Me olho no espelho e me pergunto onde vai sujar primeiro.

Meus olhos enchem de lágrimas só de pensar em ter uma conversa com meu pai. Ele não conversa, ele nunca conversou comigo sempre foi surras. Surras que valiam mais do que todas as suas palavras. — Estou casada. Estou casada. Estou casada! — repito isso para mim todo o trajeto do closet até a sala principal onde meu marido está sentado no sofá sem camisa e levanta-se sorrindo para mim com um olhar predador analisando meu corpo.

— Onde vai? — pergunta ele sendo educado. Reviro os olhos sorrindo para Hardin que me abraça pela cintura e me rouba um beijo — Não tivemos a chance de aproveitar o dia de folga. Ainda temos alguma horas antes de ir a reunião do meu pai.

— Ele já marcou? — questiono com a informação.

Os senhores estão em silêncio desde que voltamos da Rússia, estamos a dois dias roendo as unhas para descobrir o que aconteceu de fato, se Darlan está mesmo tentando iniciar uma guerra depois do que aconteceu.

— Sim.

— Tudo bem, voltar daqui a pouco. — ele franze o cenho e parece querer rir de minhas palavras.

— Onde vai? — pergunta Hardin novamente beijando meu maxilar.

Os olhos verdes brilham com divertimento e esse é um dos meus olhares favoritos do meu marido. Ele se torna mais jovem, mais doce.

— Ver meu pai. — e o brilho some, seu toque fica mais frouxo e o olhar se torna mais cansado.

— Ver seu pai? Porque ele não veio ver você? — pergunta ele com desdém. — Sua mãe e seu irmão vieram, porque seu pai não poderia se dar o luxo de fazer o mesmo? Afinal o que eles queriam? Que milagre Ulisses ir embora rápido.

— Eu preciso ir andando, meu pai não gosta de atrasos. — é um fato, mas estou mesmo é querendo fugir de um possível interrogatório.

— Quer que eu vá com você? — pergunta ele. — Posso fazer companhia e mudar sempre de assunto quando ele falar alguma merda.

Quase cometo a burrice de soltar um "eu te amo". Sorrio para Hardin e o beijo docemente me afastando antes que ele acabe se aproveitando.

— Não precisa, mas obrigado. — dou um último selinho no meu marido antes de ir na direção da porta principal da mansão. — Venho antes das cinco.

POR TRÁS DA MÁFIA - Herdeiros Marshall's 01 - MÁFIA Where stories live. Discover now