Capítulo 8

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Mikasa entrou e observou o ambiente alguns segundos, acostumando os olhos com a diferença de luminosidade.

Era a primeira mulher que recebia no meu quarto, assim como a única com quem tive qualquer relação verdadeira, prazerosa muito além de uma reação corporal mecânica.

Me fitava impaciente, o suficiente para despertar a vontade de dominar seu gênio impulsivo. Acariciei seus cabelos e a beijei devagar, aproveitando cada sensação e construindo uma excitação gradual e poderosa.

Sorri quando ela se aproximou e moldou o corpo ao meu, as bochechas coradas e a respiração acelerada. Irresistível.

Sentei na cama e a puxei sobre meu colo. Deslizou sobre minha ereção, cada perna em um lado do meu quadril e apoiou as mãos em meu peito confusa sobre nossa interação, a cabeça ainda fixa no modelo doentio de submissão que tinha lido.

Não é o que teria; minhas ambições eram mais sutis e emocionalmente, mais complexas.

— O que você nunca fez, Mikasa? Quero que me dê alguma primeira vez.

Sua respiração trancou. Me diverti com sua tensão; era essa mulher cheia de reservas que afirmou que estava pronta para qualquer coisa que eu exigisse? Percorri as coxas deliciosas com as mãos enquanto decidia qual desejo traria à luz, supostamente sob meu comando.

A senti tremer de expectativa, receio e excitação quando questionei, e sua garganta falhar, seca.

— Me deve uma resposta.

Inclinou para a frente ocultando o rosto em meu pescoço antes de me enlouquecer com apenas um sussurro.

— Eu nunca... engoli.

Tremi, eletrizado com a antecipação do que faríamos. Um arrepio de puro prazer destacou a ereção já volumosa. A abandonei na cama para me acomodar na poltrona ao lado, as pernas relaxadas e os braços descansando sobre os apoios.

— Então sabe o que fazer.

Certa irritação queimou nas irises escuras e ao mesmo tempo, o mais completo desejo. Ainda hesitante se ajoelhou entre minhas coxas e um pouco mais rápido do que eu gostaria abriu minha braguilha.

— Mikasa... Devagar.

— Sim... senhor.

Ela disse cada sílaba de forma relutante, sem que eu pedisse; contudo, eu gostei. Gostei pelo tom rouco, arranhado de desejo que ela tinha, por lembrar de suas palavras sobre querer descobrir o prazer de se entregar completamente a alguém que confiasse, e pulsei com a realização de que eu era essa pessoa, que teria um domínio proveniente de sua completa vontade.

Com desenvoltura, percorreu minha extensão com a língua úmida e fechei os olhos perdido em prazer. Agarrei o tecido da poltrona com força quando senti a sucção na cabeça e logo depois a maciez de sua boca me envolvendo – não queria tocá-la, temendo me descontrolar.

— Olha pra mim.

Ordenei por capricho de guardar na memória sua expressão enquanto me tinha tão profundamente em sua boca, mas também para checar se também sentia tesão com o ato – e a entrega que vi foi completa.

O porque me entregava tal controle fugia à minha compreensão, apesar de totalmente satisfatório.

— Faz durar...

A fiz reduzir o ritmo que me faria explodir e controlei a vontade de afundar os dedos em seus cabelos e foder sua boca com toda a selvageria que sentia em minhas veias, meus dedos retorcidos pelo esforço de controlar o orgasmo – até sentir a pressão lenta e firme de sua boca sugando meu pau e acabando com qualquer resistência. Me derramei entre seus lábios sem nenhum pudor ou controle.

O livreiroWhere stories live. Discover now