capítulo 6

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Amitis

As meninas não demoraram para ir embora, me deixando sozinha com dois dos irmãos Drummond.

De verdade, existe alguma mulher nesse mundo que não fique nervosa perto deles? Claro que eu não sou a maior fã do idiota número 1 dos irmãos Drummond, mas não posso desmerecer a beleza e o magnetismo sexual que eles exalam, principalmente o Leonardo. Não é algo que depende de opinião, simplesmente está lá.

— E então existiria uma raça humano-alien.— Ouvi o Matteo concluir algum pensamento incompreensível enquanto servia o jantar e assistia um filme de alienígena que eu não faço a menor ideia de quando começou.

— Do que você está falando?— Perguntei franzindo a testa.

— Nem tente entender docinho, ele costuma ter pensamentos aleatórios demais que apenas ele entende, e não consegue guardar pra ele.— Leonardo senta na banqueta bem de frente para mim. Não sinto vontade de ficar olhando para ele, eu não sei o motivo mas apenas de aparecer na minha frente ele já me irrita. Em poucos dias tudo o que fizemos foi brigar, quase sinto vontade de gritar ao me dar conta de que isso não vai mudar tão cedo.

— Eu sou um gênio irmãozinho, o mundo precisa conhecer os meus pensamentos.— Matteo fala estufando o peito de uma forma bem engraçada e eu não consigo evitar a gargalhada.

Acho que encontrei um irmão Drummond com quem eu consigo me dar bem.

O jantar seguiu bastante tranquilo, diferente do restante do meu dia, o que é ótimo. Vez ou outra eu pegava o olhar do Leonardo em mim e não evitei revirar os olhos de descontentamento, nem mesmo quis disfarçar as minhas emoções.

Que se dane que o irmão dele estava vendo a ceninha.

Uma hora ele está aceitando conviver em paz e na outra está surtando por uma brincadeira inocente que eu fiz. Fora o fato de se achar mais dono do apartamento do que eu, se ele pensa que só por que tem dinheiro eu vou aceitar que ele tome atitudes assim ele está muito enganado. Muito!

O jantar seguiu dessa forma: Leonardo me olhando, eu fingindo que não vi para evitar que pratos e copos voem acidentalmente na direção daquele rosto bonito dele, e o Matteo apaziguando uma guerra que não chegou às vias de fato contando dos seus planos para o seu restaurante.

Eu fiquei incrivelmente surpresa por que ele mal chegou ao país e já está mais que adiantado, já tem um local perfeito pra se estabelecer e está contratando pessoal para o trabalho no geral. Com o desemprego aqui, ele não vai ter problemas em encontrar diversas pessoas dispostas ao que quer que seja.

— O nome disso é eficiência, cunhadinha. Inclusive, você pode falar que eu sou muito eficiente em qualquer coisa para aquela sua amiga bravinha?— Ele perguntou com um sorriso sacana no rosto.

— A Abby?— perguntei fazendo uma careta sem querer. Não que eu possa me meter na vida dos outros, mas eles meio que não combinam muito. Me concentrei tanto nesse detalhe que simplesmente esqueci da outra coisa que ele disse antes disso. — Espera, CUNHADA? Eu não sou sua cunhada seu debilóide.— falei dando um tapa no braço dele. Grande ideia gênia, agora vai precisar colocar gelo na mão. Como isso é possível? Eu que bati e eu quem senti dor.

Droga de lei de Newton!

Ele se levantou, pegou um pacote de ervilha congelada e me entregou rindo. Que inferno de homem debochado. Tomara que se engasgue com uma balinha.

— Não, mas ainda vai ser. E eu estou falando da bruxa. Diana não é? — ele falou com o mesmo sorriso de antes. Preciso falar pra minha amiga ter cuidado com esse olhar predador que ele está agora, a presa é claramente ela.

Debaixo Do Mesmo Telhado - Livro 1 Da Série: Família Drummond Where stories live. Discover now