Nada além de nós.

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Alec tinha acabado de desligar o computador, era o final do expediente daquela quinta-feira. Finalmente se sentia mais adaptado à nova rotina, o apoio de seus pais, irmãos, cunhados e de Magnus estava sendo fundamental para isso. Se sentia tão sortudo por tê-los em sua vida, eles eram tão carinhosos e amorosos consigo, a festa de aniversário surpresa que Magnus tinha organizado para si no penúltimo sábado havia sido uma demonstração calorosa de todo esse amor. O discurso de seus pais, as palavras de seus irmãos e do seu alfa... jamais se esqueceria daquele dia enquanto vivesse.

Aquele havia sido o melhor aniversário de sua vida, festejou a chegada dos 19 anos ao lado das pessoas que mais amava no mundo e, principalmente, era o primeiro aniversário que comemorava ao lado de Magnus o que deixou tudo muitíssimo especial. Estava sozinho no escritório, pois Jace tinha ido participar de uma reunião com os pais fora da empresa, estavam prestes a fechar um contrato importante para fornecer softwares para o Bank of America, um dos maiores bancos do país.

Guardou suas coisas na mochila, passou pela porta e a fechou, despedindo-se de Raj, o secretário do irmão, com um aceno de cabeça. Precisava ir até o shopping próximo à Lightwood's para passar na livraria, um de seus professores havia recomendado a leitura da biografia recém-lançada de Charles Babbage, um cientista inglês que é considerado o "pai da computação". Mandou uma mensagem ao namorado avisando que já estava saindo do trabalho, contudo ela não foi visualizada pois o alfa também estava em uma reunião.

Se despediu dos colegas de trabalho que encontrou pelo caminho com um sorriso tímido, porém simpático e seguiu até o estacionamento. Colocou a mochila no assento de trás do Audi e sentou-se no banco do motorista, afivelou o cinto de segurança e manobrou o carro, guiando-o em direção à saída. Cerca de 20 minutos depois, já estava dentro do shopping que estava, surpreendentemente, pouco movimentado para os padrões de Nova York.

Foi direto para a livraria que ficava no último piso e começou a caminhar entre as prateleiras distraidamente até encontrar o setor onde ficavam as biografias. Encontrou o livro que procurava, mas continuou olhando os outros títulos para ver se encontrava outro pelo qual se interessava. Depois de algum tempo olhando as publicações, sentiu fome, resolveu pagar o livro que tinha pegado e ir até a praça de alimentação fazer um lanche.

Acabou pedindo um cheeseburguer e um copo grande de coca cola, sentou-se em uma das mesas disponíveis e começou a comer tranquilamente, pegou o celular e verificou que havia uma mensagem dos pais avisando que a reunião já tinha terminado, iriam passar na empresa para deixar Jace para que ele pudesse pegar o carro e depois iriam para casa.

Depois de comer, pediu uma casquinha mista em um quiosque do Mcdonalds porque sempre havia espaço para um docinho. Segurou a sacola com o livro em uma mão e o sorvete com a outra e começou a caminhar pelos corredores enquanto se deliciava com o doce gelado. Sentiu uma sensação incômoda, como se estivesse sendo observado, quando olhou para trás, não viu nada de errado, então imaginou tratar-se se sua imaginação.

Quando passou por um daqueles corredores aos quais apenas funcionários poderiam ter acesso, sentiu um cheiro de fumaça e mato queimado e ouviu uma voz que imaginou que nunca mais teria o desprazer de escutar.

- Oi, pequeno! Sentiu minha falta? – sentiu o braço ser segurado com força.

~.~

Finalmente o grande dia havia chegado! Em alguns instantes estaria fora daquela porra de clínica. Desde que ele e seu pai haviam tido aquela briga, o velho não fez mais visitas, ainda permanecia pagando as mensalidades, mas nada além disso. Ainda bem que ainda tinha dinheiro em uma conta nas Ilhas Cayman, usando um nome falso é claro, havia desviado para o paraíso fiscal alguns milhões da empresa, o que lhe permitia manter alguns luxos, como subornar o funcionário da clínica que lhe forneceu o celular e, principalmente, o médico que assinou sua alta e concordou em não avisar seu pai sobre sua saída, às custas de milhares de dólares.

Eu Sabia Que te Amava (Malec ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora