Lágrimas.

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À medida que a formatura de Alexander se aproximava, a dúvida se deveria participar ou não ficava mais intensa. Morria de medo de que o assédio da imprensa prejudicasse o andamento da cerimônia ou que fosse abordado de maneira rude por algum jornalista. Contudo, não queria ser privado de poder participar de uma festividade tão importante em sua vida, ainda mais que concluiria o curso de Engenharia de Software com honras e um ano de antecedência.

Seus amigos, pais, irmãos, cunhados e Magnus o incentivaram a ir, inclusive o marido tinha argumentado dizendo que não poderia deixar que Lorenzo lhe tirasse mais nada, mas que o apoiaria em qualquer decisão que tomasse. Ponderou por alguns dias, avaliou seus próprios receios e tudo o que tinha ouvido das pessoas mais próximas e por fim, acabou decidindo que iria à formatura. Seu alfa tinha razão: não poderia se privar de comemorar sua conquista por causa do maldito. As sessões de terapia que vinha fazendo regularmente também estavam ajudando-o a superar as inseguranças e o medo.

Diante de sua confirmação de presença na formatura, os Lightwood, Magnus, Will, Lydia e os Loss-Fell ficaram animados. Maryse e Izzy, imediatamente, começaram os preparativos para organizar um jantar na mansão Lightwood em comemoração à grande conquista do ômega, com a participação apenas das pessoas mais próximas.

Quando o dia da formatura chegou, Alexander ficou olhando para a beca pendurada no closet. Ela era roxa nas laterais e nas costas, mangas bufantes e, na parte da frente, era de veludo preto, com o símbolo da universidade bordado no peito. Além disso, tinha que usar o capelo, que é aquela espécie de chapéu que caracterizava os formandos. Apesar de achar a roupa horrorosa, ela simbolizava sua vitória dupla: ter concluído o curso e, a mais importante, tinha sobrevivido.

- Tudo bem, baby? – Magnus o tirou de seus pensamentos. O alfa vestia calça risca de giz, camisa cinza clara, blazer e colete que seguiam o mesmo padrão da calça, gravata prata e sapatos pretos.

- Tudo, amor. – o ômega olhou para o marido, ele era lindo demais para não ser observado – Só estou pensando o tanto que vou ficar engraçado usando essa beca. – sorriu. Alexander já estava vestindo uma calça social preta, mais ajustada ao corpo, camisa azul e blazer preto, que tiraria na hora que colocasse a beca, para finalizar, calçou sapatos pretos.

- Vai ficar lindo, isso sim. – o alfa se aproximou e acariciou o rosto branquinho – Se você já estiver pronto, anjo, é melhor irmos. Queremos pegar os assentos nas primeiras fileiras. – completou, se referindo aos Lightwood, os Loss-Fell, Will e Lydia que também iriam.

- Já estou pronto. – pegou o cabide com a beca e segurou o capelo.

- Antes de irmos eu quero te falar uma coisa. – abraçou o garoto pela cintura e teve toda a atenção de um par de olhos azuis curiosos – Eu tenho muito orgulho de você, Alexander. Você é tão forte, inteligente, corajoso... Te admiro muito. Você é uma inspiração pra vários ômegas que foram vítimas de violência.

- Amor... eu não sei o que dizer. – a voz embargou devido a emoção pelo que o Magnus tinha dito – Você acha isso mesmo? – acariciou a nuca dourada com a mão livre.

- Eu só estou falando a verdade, meu anjo. – esfregou o nariz no do marido.

- Te amo demais, sabia? – Alexander sussurrou.

- Sabia. – sorriu – Eu também te amo demais.

Os lábios se tocaram e logo as línguas estavam entrelaçadas, em uma dança lenta, porém intensa, carregada do amor que transbordava dos corações de ambos. Por mais que quisessem que aquele beijo fosse eterno, não puderam se alongar muito, pois precisavam sair, então se afastaram depois de alguns selinhos.

Eu Sabia Que te Amava (Malec ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora