Possibilidade.

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Passaram dias incríveis no paraíso particular, aproveitando a companhia um do outro e se entregando à volúpia e ao prazer inigualável proporcionado pelo cio. Assim que retornaram, Alexander se sentiu preparado para voltar ao trabalho e as atividades cotidianas, mas concordou em continuar com a terapia. Magnus também voltou para a Bane & Loss-Fell e retomou suas funções.

Por mais que Ragnor e Catarina tivessem segurado as pontas com maestria durante sua ausência, contudo, certas coisas demandavam sua presença e não tinha jeito de deixar tudo nas costas dos amigos-irmãos. Graças a Raziel, Alexander melhorava a olhos vistos e isso dava ao alfa o ânimo necessário para voltar aos negócios, apesar do marido continuar sendo sua prioridade absoluta.

Ainda tinha pavor de que algo ruim acontecesse com seu anjo, mas não podia ficar grudado nele 24 horas. Era inegável que seu zelo com o ômega, que já era enorme, havia ficado ainda maior. Fazia a mais absoluta questão de deixar Alexander todos os dias na Lightwood's antes de ir para a empresa e depois o buscava no final da tarde. Quando precisava ficar até depois do expediente, mandava um Uber buscar o garoto no trabalho. Não gostava muito da ideia de ele dirigir sozinho por aí, sabia o quão possessivo soava, porém não conseguia agir de outra forma.

Ficava o tempo todo atento às emoções de Alexander, buscando encontrar algum resquício daquele desespero avassalador que ele sentiu durante o sequestro e nos dias que se seguiram. Felizmente, não havia nada nas emoções do ômega que chegasse perto de tamanho sofrimento. Era um alento para Magnus ver que seu anjo estava bem. A força e a coragem dele contrastavam com o jeito tímido e aparentemente frágil.

Apesar de sua preocupação maior estar direcionada ao marido e exclusivamente a ele, e a recuperação do ômega o satisfazer, a justiça ainda estava longe de ser feita. O processo contra aquele verme maldito estava só começando, soube por meio de Lilith que ele já tinha saído do hospital prisional e ido para uma penitenciária de segurança máxima. Não tocava no assunto com Alexander, não queria fazer com que seu anjo se lembrasse dos horrores que passou nas mãos de Lorenzo, porém jamais seria capaz de descansar enquanto não visse o maldito ser condenado.

Fazer justiça com as próprias presas estava fora de cogitação, já tinha esfolado o desgraçado o suficiente, além disso, Alexander tinha razão: não era um assassino. Enquanto não recebia nenhuma novidade da polícia ou da advogada se dedicava ao trabalho e ao marido. Seu anjo era o ponto de equilíbrio que não o permitia sucumbir ao ódio. Encontrava paz na companhia do garoto, nos beijos e carícias trocados, nas conversas que duravam horas e no sexo apaixonado que faziam sempre que o desejo incendiava.

Já estava há muito tempo debruçado sobre o projeto da nova sede de um banco, o design já tinha sido finalizado, mas o indonésio revisava minunciosamente antes de enviar para os clientes. Almoçou dentro do próprio escritório, perdido em meio fachadas, telhados e vistas panorâmicas. Levou um pequeno susto quando o telefone tocou em cima de sua mesa, pegou o aparelho e levou a orelha, sem desviar os olhos do computador.

- Desculpe interrompê-lo, Sr. Bane. – Dorothea falou, logo que o chefe atendeu o telefone.

- Sem problemas. – soou tranquilizador.

- O investigador Hodge Starkweather está na linha querendo falar com o senhor. – a secretária informou – Posso passar a ligação?

- Pode sim. – ergueu a sobrancelha, curioso para saber o que o policial queria – Obrigado.

- Disponha.

Magnus ouviu a musiquinha característica de uma chamada sendo transferida e logo uma voz conhecida ecoou do outro lado da linha.

Eu Sabia Que te Amava (Malec ABO)Where stories live. Discover now