Prólogo

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Prólogo

Era uma vez uma menina do interior...

Não não não...

No geral não gosto de história contadas assim, meio que se torna obrigatório belezas perfeitas, madastras cruéis, uma personalidade enganavel e um príncipe ridículo do cabelo liso que nem sabe distinguir pé de princesa e pata. De cavalo como personagens principais .

Eu falo ocê Memo, conheço pessoas que dizem entrar pra dentro e sair pra fora e que chamam a pobre da Kombi, de Kombida.

A vida real as vezes é sim uma droga, mas também é gente boa.

Meu nome é Ananda Cruz, tenho 18 anos e há cinco anos eu perdi a pessoa que eu mais amo no mundo, a minha mãe.

Marta Cruz sempre me impulsionou a ser mais forte, independente e buscar as coisas que eu queria na vida.

Lembro de um dia em que eu disse que queria ser DJ e também farmacêutica, na época Farmacera e ela não se opôs porque eu queria duas profissões, na verdade minha linda mãe sempre acreditou na adaptalidade e que a realização dos sonhos só depende de nós mesmos.

Minha mãe me contou que se alguém dissesse que eu nao poderia fazer alguma atividade escolar, ela mesmo se empenhava em me ensinar, pois me achava inteligente e esperta o suficiente para aprender o mundo se fosse essa a minha vontade.

Eu tinha cinco anos de idade e já dizia que ia trabalhar na indústria farmacêutica como ela  e depois iria ser DJ. Na minha cabeça de cinco anos eu teria energia suficiente para dar cem por cento em tudo.

Um belo dia questionei a minha mãe porque eu deveria arrumar meu quarto que é um serviço chato, aí ela me respondeu:

----Porque quando você estiver fazendo faculdade de farmácia e ir tocar no carnaval em Salvador, você irá viajar de avião e precisará saber cuidar o mínimo possível de você mesma.

----Mas você e o papai irão comigo.

Ela deu uma risada muito gostosa e sincera.

---- Mesmo assim você precisa se cuidar, pois algum dia eu nao estarei.

Eu acreditei que minha mãe estaria ao meu lado para o resto da vida, mas infelizmente o destino é trapaceiro.

Era impossível estar ao lado dela e os olhos nao brilharem, pois ela tinha brilho nos olhos para fazer o que amava e sempre que não gostava de realizar um serviço dizia que não seria insubordinada por não gostar de algo.

Limpo as lágrimas nos meus olhos e sigo até a indústria que minha mãe trabalhou com uma pasta em mãos, estou matriculada no curso de Farmácia, tenho uma entrevista com o RH da empresa e nos finais de semana, bem....

Sou DJ.

Atração Proibida Where stories live. Discover now