CAPÍTULO 01

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Álvaro Pinhal Junior

Aos dezoito só queria me ver livre da ESA, um ano sendo reco foi missão pra uma vida, alguns babavam o ovo dos coronéis para poder aprender dirigir caminhão, outros arrotavam cheiroso para as meninas da cidade falando que eram importantes, mas nem sabiam fazer a própria função que era pintar as paredes ou limpar bosta de cavalo ou ser garçom.
Cumpri com o meu dever com o país e  procurei alguns bicos de serviços aqui e ali, até que  entrei como peão na SLA industria Farmacêutica.

Pra mim era só mais um serviço na liberação de carga e varrer de vez em quando.

A empresa tem convênios médicos, um ticket alimentação razoável e desconto em academia pra quem não e sedentário.

Surgiu uma oportunidade na produção e eu aproveitei, o serviço era mais leve em relação a peso, por mais que tinha que fazer duas funções ao mesmo tempo o meu chefe não era um pau no cu, então fui ficando até que me convenceram a aceitar transferência para a matriz deles em São Paulo com direito a pagarem meu aluguel.

Meus pais sempre moraram e gostaram de morar na roça, então de jeito nenhum aceitaram ir comigo.

A empresa pagou 50% do meu curso de empilhadeira já que eu tinha carteira de moto e de carro e agora aos 25 anos faço minha função de segunda a sábado, folgo Todo domingo, raramente preciso fazer hora extra, meu chefe não enche o saco e vida que seque.

Me falaram que meu chefe foi promovido e viria outro de fora, mas como a rádio Peão fala demais, estou de boa na mecânica trocando ideia com os truta enquanto ninguém libera minha máquina pra trabalhar.

Eu que não vou correr atrás de serviço, se ficar voando andando na produção vão me mandar varrer e depois de seis anos de fábrica aprendi uma coisa, os puxa saco não trabalham, se você mostra serviço se ferra de tanto gastar energia trabalhando e no fim das contas o salário na conta de todo mundo é o mesmo.

Os cara estão me enchendo o saco pra ir em uma festa de uma DJ de fora.

Como tinha recebido no meio da semana, resolvi ir com eles pela cerveja, porque não sei se DJ mulher deve ser boa .

De camiseta branca e calca jeans, peço um Uber pra ir nessa tal boate e já está lotando mesmo as 21:30.

Uns DJ local já estão brincando de ser famoso e os moleque nao demoram a chegar .

Começou um remix indicando que a tal DJ ia começar e o que começou igual virou quase uma orquestra com dançarinas e bem em cima ficava a cabine da DJ onde ninguém conseguia enxergar quem era, o que achei ridículo porque só e lembrado quem e visto.

No final da noite já estou mais pra lá que pra cá então rachamos um Uber pra casa. A semana foi cansativa demais e não tinha ninguém que me chamou atenção o suficiente pra levar pra casa.

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