𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝟩

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𝒫𝑜𝓋 𝒮/𝓃

Já se tinha passado uma semana e a minha mãe ainda não tinha acordado o que me estava a matar por dentro, outra coisa que me estava a matar era o Eddie nem me ter mandado uma mensagem ou ter vindo ter comigo, ele realmente tinha acreditado em Chrissy. Por outro lado Steve, Robin e Nancy ,que finalmente estava de volta da Califórnia, estiveram sempre comigo, não me deixaram sozinha (literalmente) em nenhum momento, durante esta semana eles sempre tentaram levar-me a sítios diferentes, faziam arte comigo, passavam a noite em minha casa e sempre me acompanhavam até ao hospital onde davam o apoio todo que o meu pai precisava.

Era apenas mais um dia era sábado dia 15 de setembro ( o dia que nunca vou esquecer) quando acordo aos pulos quando oiço o telefone de casa a tocar sem parar, desci a correr e atendi, quando ouvi aquelas palavras eu fui ao chão, literalmente, tinha recebido a pior notícia de sempre, a pessoa que mais amava neste mundo, a que mais se preocupava comigo e a que mais me apoiava tinha morrido...Eu não parava de chorar, aquilo não era real,era impossível, ela não poderia ter morrido. Fui até ao quarto quando a chorar quando reparei que Nancy e Robin já tinham acordado nem precisei de falar o que se passou, elas pareciam ter lido a minha mente e abraçaram-me de forma carinhosa, foi um abraço quentinho cheio de amor e compaixão eu não parava de chorar.

- Tenho que ir para o Hospital, tenho que ver o meu pai.- eu disse entre soluços.

- Vai tomar um banho amiga, nós vamos buscar umas roupas e já voltamos.-Robin disse enquanto Nancy acenava.

Elas foram buscar roupas para elas e entretanto acabei de tomar banho e vesti uma roupa discreta preta. Me sentei na cama enquanto as esperava ainda a tentar acreditar que aquele dia estava realmente a acontecer. Mandei mensagem a Steve e ele chegou ao mesmo tempo que as meninas, o mesmo trouxe as flores que eu mais gostava para me animar e me abraçou.

Salto do tempo

Finalmente tínhamos chegado ao hospital quando avistei o meu pai, nunca corri tão rápido para os braços dele, parecia uma criança que já não via o pai há anos. Tentei confortá-lo, eu tinha que ter força por ele, eu tenho que superar isto ao lado dele. Ele esteve sempre aqui comigo e agora eu vou retribuir todos estes anos. O meu pai sempre foi o meu herói (a típica visão de uma criança do seu pai) sempre me fazia rir quando me magoava, ria quando eu fazia asneiras e a minha mãe reclamava, vai sempre buscar a minha comida favorita e doces quando estou com a menstruação, ele sempre cuidou de mim e agora era a minha vez de cuidar dele.

Nós começamos a tratar do funeral, Steve e Nancy ficaram sempre ali (Robin teve que ir trabalhar não poderia estar ali) eles não sabiam muito bem o que fazer mas tentavam sempre dar apoio, ainda davam opiniões sobre certas coisas como as flores, ambos pagaram uma coroa de flores com o nome deles e da Robin para manter na capela.

Salto de tempo

Hoje domingo dia 16 de setembro era o dia do funeral da minha mãe, e por muito que eu não estivesse preparada tinha que ser forte, tomei banho, vesti-me e tentei fazer com que o meu pai comesse nem que fosse uma fatia de pão, ele tinha que comer. Steve veio nos buscar, ele concordou que o meu pai não estava em condições de conduzir.

Chegamos à capela onde o caixão da minha mãe estava, eu ainda não acredito que estou realmente a viver isto. Robin e Nancy já estavam lá, ambas abraçaram o meu pai e eu. A missa começou e parecia que nunca mais acabava, este dia em si parecia que nunca mais acabava, enfim saímos da igreja e fomos para o cemitério, ali despedi-me da minha mãe pela última vez , perguntei ao meu pai se queria vir embora mas o mesmo negou e disse que depois ia para casa a pé. Robin decidiu levar-me a um restaurante, Nancy já estava lá à nossa espera. Entramos no carro dela quando ela me perguntou.

-O Eddie sabe o que se passou?

- Não sei ruivinha, também não importa neste momento.- disse desiludida.

- Ele que fique com a vassourinha, aposto que ele é corno- Robin disse enquanto ria, eu ri também.

- Achas que a Chrissy o traí?- Eu ria muito.

- Já viste como ela trata o Jason? De certeza que o Eddie é traído todos os dias.-Robin disse séria.

Entretanto chegamos ao restaurante e o assunto morreu ali. Nancy estava sentada numa mesinha na esplanada e chamou-nos para a mesa, acabei por pedir a minha comida favorita, Nancy pediu uma salada e Robin pediu um peixe grelhado. Passamos o resto do dia juntas, o que realmente melhorou o meu humor.

Salto de tempo (de novo)

Mais uma semana tinha passado, eu não fui à escola durante esse período, mas tive que voltar para aquele lugar. Hoje é segunda e eu estou a preparar-me para ir para a escola a primeira vez depois do falecimento da minha mãe, ainda não tinha falado com Eddie e não posso mentir,eu tenho saudades dele, mas estou muito chateada com ele, e ele praticamente não quis saber de nada do que se passou, então vou ignorar um pouco.

O meu pai foi-se abaixo mas aos poucos está a conseguir lidar com a perda, já eu não estou a conseguir lidar nada bem.

Enfim, voltando à minha rotina, vesti uma roupa bonita, fui comer e saí de casa depois de me ter despedido do meu pai com um abraço e um beijinho na testa. Por fim cheguei ao local e me deparei com Dustin,Mike e Nancy me esperando, os três queriam sair comigo logo á tarde, eu aceitei o passeio e ficamos a conversar um pouco, já não falava com os meninos desde que saí do hellfire então colocamos a conversa em dia. Despedi-me deles e fui até à sala, sentei-me quando me deparei com Eddie, o mesmo comprimentou-me, eu ignorei-o.

-S/n está tudo bem? Podemos falar mais logo por favor?- ele perguntou com um olhar que eu tentava decifrar. Ele não pode estar a falar a sério. Eu aceitei, iríamos matar as próximas aulas para conversar sobre o que ele queria.


Notas: Oioi, estão a gostar da fic? o que estão a achar? Mais logo posto mais um capitulo, vou amar ler os vossos comentários e opiniões. Até á próxima <3

𝓓𝓮𝓪𝓻 𝓔𝓭𝓭𝓲𝓮Where stories live. Discover now