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𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Estaciono o meu carro na porta da casa de Carol e mando mensagem avisando a ela que já havia chegado.

Hoje eu acordei completamente sem vontade para ir à escola, mas meus pais me obrigaram a vim. Concordo com eles, a minha vida não pode parar só porque estou grávida.

Escuto a porta do carro ser aberta e Carolina entra me abraçando como cumprimento —— oi amiga , como você está?

—— bom, fisicamente estou bem. Mentalmente um pouco fodida das ideias —— dou partida no carro e durante o trajeto até a escola conto pra Carol o que o pai do bebê me falou e a reação quando meus pais descobriram.

—— eu ainda não consigo acreditar que aquele otario foi capaz de falar isso pra você ! —— Carol me diz ainda indignada enquanto estravamos na escola e caminhávamos pelo corredor —— eu vou cortar o pinto daquele filho da puta

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—— eu ainda não consigo acreditar que aquele otario foi capaz de falar isso pra você ! —— Carol me diz ainda indignada enquanto estravamos na escola e caminhávamos pelo corredor —— eu vou cortar o pinto daquele filho da puta.

—— está tudo bem Carol. Agora ele vai ser obrigado a assumir o bebê, já está resolvido.

—— tudo bem o caralho Bárbara —— ela cruza os braços, com raiva —— ele foi muito babaca com você. As coisas que ele te falou foram péssimas!

—— sim, foram! —— chegamos ao nossos armários- que eram um do lado do outro- e eu começo a guardar as minhas coisas —— só deixa isso pra lá, ok?! —— ela revira os olhos e abre o seu armário —— ok Carol?

—— tá ! —— fecho meu armário e dou um beijo no rosto da minha melhor amiga.

—— tenho aula de química agora —— ajeito o meu livro em meus braços —— te vejo mais tarde.

Giro meus calcanhares e começo a caminhar rumo a sala de química. Desvio de vários adolescentes que faziam bagunça nos corredores.

Sinto uma mão agarrar o meu braço e meu corpo ser puxado para uma sala de aula vazia. Me assunto aos ver Victor a minha frente com uma cara nada agradável.

—— que merda você tá fazendo? Você quase me matou de susto Augusto! —— tento soltar o meu braço mas ele é bem mais forte que eu.

—— eu te disse pra não abrir a porra da sua boca menina. Você fez tudo ao contrário do que eu mandei, consegue enxergar a merda que você fez na minha vida? —— ele aperta mais o meu braço.

—— você não me manda. Eu fiz o que eu tinha que fazer. —— sacudo o meu braço novamente e sinto meus olhos se encherem de lágrimas —— você está me machucando.

Victor solta o meu braço e eu levo a mão até o local acariciando de leve enquanto olho pra ele com a cara mais brava possível !

—— você fodeu com a minha vida —— ele aponta o dedo na minha cara me fazendo da um passo pra trás —— eu não tenho idade o suficiente para ser pai. Eu tinha que está aproveitando a minha vida , não assumindo uma responsabilidade como essa!

—— e você acha que eu não estou totalmente fodida?—— solto um riso irônico —— eu também não tenho idade para ser mãe e eu também deveria está aproveitando a minha vida, parece que você esquece desse detalhe. Você acha mesmo que eu queria está grávida agora? No auge da adolescência e sem responsabilidade alguma pra cuidar de outro ser humano, e você realmente acha que se eu pudesse escolher qualquer outro garoto para ser o pai dessa criança eu realmente escolheria você Augusto?! Um babaca de merda que só sabe pensar com a cabeça de baixo. Pode continuar comendo as suas putas e bebendo o quanto você quiser, eu só quero que você assuma a porra da responsabilidade que eu, também, vou ter que assumir.

Passo por ele e saio da sala. Limpando as lágrimas que escorriam pela minha bochecha com as costas das mãos.

Sinto uma vontade de vomitar chegando com tudo e corro pro banheiro. Agacho em frente ao vaso e coloco todo o meu café da manhã pra fora . Dou descarga e me sento no chão, colocando as mãos no rosto e respirando fundo.

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