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Com 30 comentários eu solto o outro capítulo, então interajam bastante.

𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼🎭

Paro ao lado de Arthur me encosto em seu carro, ele me mandou uma mensagem e disse que tinha algo pra mim, então vim até o seu carro antes de entramos para o colégio.

—— hey Arthur —— cumprimento ele com um toque e ele levanta um saquinho de presente.

—— um presentinho —— pego o saco de sua mão e começo a abrir.

—— você me dando presentes Ramos? Que bicho te mordeu?

Ele da de ombros —— quem te disse que é para você? —— franzo o cenho e término de rasgar a embalagem.

Era uma blusa —uma mini blusa— branca, com uma escrita no meio que dizia: 𝙡𝙞𝙣𝙙𝙖 𝙞𝙜𝙪𝙖𝙡 𝙤 𝙩𝙞𝙤. Eu não acredito que o Arthur está dando isso para uma bebê!

Começo a rir —— minha filha não vai andar por aí com uma blusa que explana mentira, Arthur. Tenho certeza que a bebê vai ser linda, até porque olha o pai dela né —— aponto pra mim mesmo e dou um sorriso convencido —— agora, na questão de "igual ao tio"...sei não em.

—— ei? Me senti ofendido agora, ok? —— dobro a roupinha e guardo dentro da minha mochila.

—— obrigada pelo presente. Agora vamos entrar porque o sol está muito quente aqui fora —— ele concorda e caminhamos em direção a entrada da escola.

Caminho em direção ao meu armário e deixo alguns livros meus que eu usaria em outras aulas. Me encosto no meu armário e aos poucos alguns amigos meus começam a se aproximar de mim e logo estamos em um círculo conversando alto.

Olho ao redor e de longe avisto Bárbara acompanhada do garoto loiro, nessa última semana ela está grudada nele.

Babi riu de alguma coisa que o garoto fala e leva suas mãos até o peito dele, dando um empurrão de leve.

Me seguro pra não revirar as orbes e vomitar com aquela ceninha patética.

O sinal soa e o corredor vira um formigueiro de alunos indo para suas devidas aulas. Me despeço dos meus amigos e me junto aos outros indo até a aula de história.

Quando entro ainda está totalmente bagunçada, com alunos sentados na mesa, em pé, ou correndo pela sala. Parecem um bando de criança.

Bárbara estava sentada em uma das carteiras enquanto mexia em seu celular, desvio de algumas pessoas me sento ao seu lado. Ela me olha desinteressada e volta o seu olhar para o feed do insta aberto em sua frente.

—— percebi que você anda bem próxima daquele garoto —— chamo sua atenção e ela, sem me olhar, diz:

—— de quem eu estou próxima ou não, não é do seu interesse —— escuto a notificação do seu celular e ela abre uma mensagem. Seus dedos começam a bater freneticamente não tela enquanto a mesma escreve uma mensagem para um tal de Josh.

—— aquilo que eu te falei na minha casa aquele dia é real —— ela parece não me escutar, ou se escutou está me ignorando. Arranco o celular da sua mão e guardo no meu bolso —— eu estou falando com você porra! Aquela merda que eu disse pra você, sobre sua relação com outros caras é 100% real.

—— vai se foder Victor. Sou eu quem decido sobre a minha relação com outros garotos,você não é meu namorado, nem nada meu pra decidir isso. Se coloque na porra do seu lugar, moleque !

—— como assim não sou nada seu? Eu sou o pai da sua filha —— a última frase eu cochicho pelo fato de estarmos em público.

—— exatamente. É o pai da minha filha , não o me ! —— ela estende a sua mão em minha direção —— me dá o meu celular agora.

Nego com a cabeça —— porque está sendo tão cuzona assim? Pensei que estávamos de boa!

—— eu também pensava até você transar comigo e no outro dia nem olhar na minha cara e me tratar como uma garotinha que é caidinha por você. Se toca Victor , o fato de você ser bonito não quer dizer que pode me desrespeitar quando quiser. Não sou que nem as outras que você pisa mas mesmo assim continua babando o seu ovo —— ergo as sobrancelhas e fico em silêncio —— me entrega a droga do meu celular!

Levo minha mão até o bolso e retiro seu celular de lá, entregando em sua mão.

Bárbara é tão complicada.

O que mais me chama atenção nela é o fato dela não abaixar sua cabeça para mim e fazer o que eu mando, que nem as outras.

Não a culpo por estar zangada comigo pelo que fiz depois que transamos, mas é que eu realmente não deveria ter feito aquilo. Não deveria ter demonstrado afeto, não sou assim.

Então quando a situação chega a esse ponto eu prefiro ignorar a pessoa e voltar a tratá-la mal.

Isso tem um nome. Eu acho que é...hm, bloqueio emocional?

𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤 Where stories live. Discover now