CAPÍTULO 22

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RAFAEL

Ouço tiros e começo a correr desesperadamente sob uma rua asfaltada e desconhecida, mas não estou sozinho. Também ouço alguém correndo e gritando tão assustada como eu do meu lado e olho é a Bia que também tenta se proteger dos tiros mas de repente para e arregala os olhos colocando a mão na barriga, eu paro também para observa la me esquecendo dos tiros que também pararam sem eu me dar conta, nesse momento eu nem me importava eu tinha que estar la com ela.

De repente começa a escorrer sangue entre seus dedos e eu me assusto ainda mais percebendo que ela foi baleada e corro para ampara la, a seguro em meus braços e olho ao redor ja gritando por socorro mas só vejo Luana a nossa frente rindo feito uma histérica e ainda com a arma em punho.

_ Bia? Bia... aguenta firme, por favor.... eu vou..

_ Rafa...

Ela tenta balbuciar meu nome mesmo sem forças.

_ Não faça esforço minha menina, só aguente firme...

Grito novamente pedindo ajuda.

_ ALGUÉM AJUDA AQUI, CHAMEM UMA AMBULÂNCIA...

Grito desesperado para ninguém.

_ Rafa... eu... eu estou mor... morrendo...

_ Não fala isso, vou procurar ajuda, eu... ALGUÉM?

Chamo alto o suficiente pra cidade inteira ouvir. Minhas lágrimas caem livremente sobre a garota em meus braços.

_ Porra não tem ninguém aqui, cade meu celular?

Nesse momento Luana ja tinha sumido do nada, sem saber o que fazer ou pra onde ir me levanto com ela do chão, olho preocupado pra ela e estaco ao olhar em nossa volta e perceber que não estamos mais na rua desconhecida e sim num lindo campo de flores. Desnorteado e sem entender nada olho a garota em meus braços e enlouqueço quando vejo sangue escorrendo de sua boca e seus olhos vidrados, sem vida. Grito novamente por socorro desesperado e ouço alguém me chamar mas não consigo ver quem é, mas essa voz....

_ Não Bia, acorda... Bia...

_ Rafael acorda!

Sinto alguém me chacoalhando e tento me libertar.

_ Rafael está me assustando, acorda.

Abro os olhos e vejo literalmente a garota do meu sonho me segurando e me olhando muito assustada.

_ Ah meu Deus... Bia...

A abraço entre lágrimas de alívio, nunca fiquei tão feliz ao acordar.

_ Eu estou aqui. O que aconteceu com você? Estava inquieto e gritou.

Me recordo nitidamente do sonho e a largo.

_ Um pesadelo horrível... estou muito assustado, obrigado por me acordar.

_ Que pesadelo foi esse?

Como eu digo pra ela que ela morria em meus braços? A imagem dela morta foi a pior coisa que eu ja vi em minha vida inteira.

_ Eu não lembro direito, a Luana atirava em mim e...

_ Ah foi isso! Estamos todos assustados ainda Rafa, mas pelo que seu pai disse, ela está presa.

_ Não por muito tempo, lesão corporal não da muito tempo de prisão, seis meses eu diria e no caso dela, seis meses não são suficientes, ela poderia ter provocado uma grande tragédia.

Ela permanece me olhando assustada e eu foco nos olhos que eu vi nitidamente sem vida no maldito sonho. Surpreendendo até  a mim mesmo eu a beijo descontrolado querendo tudo dela e ela prontamente corresponde. Beijo nesse ritmo ate nos deixar quase sem fôlego, termino com um selinho e colo minga testa com a dela.

_ Nossa! Isso foi...

Depois de uns minutos ela tenta dizer algo mas o toque do meu celular quebrando nosso momento a cala. Pego ao lado da cama e vejo pelo identicador que é Lorena, acabo me lembrando que não disse nada a ela e ela deve estar bem brava comigo, ja atendo a agradando.

_ Oi linda, bom dia.

A garota se esquiva dos meus braços se enrola rapidamente no lençol e sai pelo corredor batendo uma porta que suponho ser a do banheiro.

_ Não vem com essa de linda. Sabe que estou muito brava com você, participou de um tiroteio ontem e não se deu ao trabalho de voltar pra casa, quer me matar do coração garoto?

_ Não foi bem um tiroteio vó e eu ia conversar com você, quem foi o apressado que te ligou? E antes que eu me esqueça eu estou bem, obrigado por perguntar.

_ Que bom que está bem, assim posso te dar umas chineladas sem remorso algum, onde dormiu?

_ Quando eu chegar a gente conversa, sem os seu chinelos. Estou precisando de colo, não faz idéia do que passamos ontem.

_ E não pensou em me ligar? Não tem consideração por mim?

_ Era de madrugada e você como uma boa velhinha estava dormindo, não tinha porque eu te acordar e te deixar preocupada.

_ Sou velha mas não sou inútil, sempre que precisar tem que me ligar independente da hora, eu amo você e se algo te acontecer eu...

Percebo a voz dela embargada e me culpo por estar longe e não poder lhe dar um abraço.

_ Vó eu estou bem, não fica assim. Também te amo muito e você não é uma velha inútil é muito importante pra mim, só não queria te preocupar, me desculpa?

_ Claro que te desculpo mas preciso te ver, ter certeza que está bem. Onde você está?

_ Na casa de uma pessoa, inclusive quero que a conheça.

_ Quer que eu a conheça? Suas outras namoradas tive que implorar que as trouxesse pra que eu pudesse ver e agora quer me trazer de livre e espontânea vontade? Estou surpresa e só pra constar, não gostei das outras, principalmente dessa última, a terrorista. Se me encontro com ela dou uma surra naquela ordinária.

_ Eu sei que dará... Vózinha preciso desligar e ja aviso que não sei que horas vou pra casa, tem depoimento e sei la mais o que...

_ Thau meu menino.

Desligo e vou atrás da moça que parece que saiu estressada do quarto, não tenho paciência com isso mas ela parece ter uma coisa que com certeza me fará passar por cima de muita coisa, só não quero virar capacho igual meu pai, ele nega ser mas com toda certeza é, minha mãe molda o pobre como bem entender.

Volto hj ou amanhã.
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RAFAEL (LIVRO 2)Where stories live. Discover now