CAPÍTULO 36 PARTE 1

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CAIQUE

1 Ano depois..

Olho a minha casa cheia. Meus filhos, nora, genros e alguns de nossos amigos com seus filhos. Hoje é aniversário de um ano de nossa filha Heloísa. Sim, nós a adotamos e foi a nossa melhor decisão, devo isso a Nicola pois eu mesmo estava com receio, sinceramente não confio no pai dela, eu achava que ele poderia mudar de idéia a qualquer momento, aliás ainda acho mas tomei precauções quanto a isso, fiz ele assinar vários documentos abrindo mão de todo o direito quanto a filho, inclusive financeiro se algo acontecer comigo, com a Nicola ou com ela.

Minha família está num momento muito feliz agora mas tivemos algumas turbulências nesse um ano que passou.

Vitória está feliz agora com o Bernardo mas eles tiveram uns problemas, ela é muito conhecida na Internet e um povinho sem noção que shipava ela com o ec não se conforma dela e Bernardo estarem juntos e fizeram certas ameaças e fake news sobre os dois, principalmente sobre o Bernardo, tudo isso piorou depois que ele pediu a mão dela e ficaram noivos. Inventaram tanta coisa sobre o Bernardo que quase conseguiram os afastar mas o amor falou mais alto e também nossos advogados investigadores derrubaram as notícias falsas uma por uma e os envolvidos estão sendo devidamente processados.

Com o Gael os ataques foram sobre a escolha sexual dele, infelizmente há pessoas muito preconceituosas que deixam de cuidar da própria vida pra cuidar da dos outros.

Ele conseguiu assinar com o Corinthians mas parte da torcida não o queria pelo fato dele ser bissexual e ter um namorado, mas ele respondeu os ataques em campo dando o seu melhor, não é porque é meu filho mas verdade seja dita, ele é o melhor do time. E o namoro dele com o Noah vai muito bem.

E o Rafa depois que ele acordou do coma ficou três semanas no hospital e depois ainda fez alguns meses de fisioterapia, afinal levou dois tiros, um deles na perna, e eu até hoje não me conformo que quase o perdi naquele dia. Fiquei tão inconformado que mesmo sob protestos de todos, fui atrás daquela biscate da Luana. Eu tinha que entender a razão de tanto ódio e também me decidir se acabaria ou não com a vida dela antes que ela mandasse alguém ou quando saisse da cadeia fosse atrás do meu filho e nora.

Conversa com Luana
Fui até aquele presídio cheio de ódio no meu coração e eu não posso e não quero continuar assim. Eu me conheço, tenho sangue de mafioso correndo em minhas veias e se eu ver que ela ainda oferece algum tipo de perigo tenho coragem de mata la a sangue frio, só preciso de minhas mãos.

A espero em pé em uma sala onde há uma mesa pequena e duas cadeiras, uma de frente pra outra. Minutos depois ela entra acompanhada de uma carcereira me cumprimenta a deixa e se retira.

Ela está algemada vestida com um uniforme amarelo e um tênis que um dia foi branco. Seu cabelo que antes era bem cuidado agora está sem brilho parecendo cabelo de milho, sua raiz está escura denunciando que ela é uma falsa loira.

_ O que veio fazer aqui? Foi o Rafael quem te mandou?

Ela pergunta olhando pra baixo.

_ Não garota. Eu vim porque eu quis. Rafael não queria que eu viesse, por ele você teria sido enterrada junto com seu pai.

Ela agora me olha com raiva.

_ Vocês o mataram. Deveriam estar presos.

_ Legítima defesa querida. Ja ouviu falar? Ele sequestrou a Beatriz, a torturou por dias e ainda tentou matar o Rafael, por isso agora está morto.

_ E o que você quer aqui? Me matar também?

_ Isso depende. Eu poderia ja ter te matado nesses minutos que estamos aqui, mas resolvi antes te deixar tentar se defender.

Ela engole um seco quase imperceptível mas eu percebo.

_ Está blefando. Você pode ser louco mas nem tanto.

Eu rio debochado.

_ Você acha? Eu não teria tanta certeza. Está vendo alguma câmera aqui? Posso facilmente do nada fazer você sofrer um acidente fatal, um ataque cardíaco ou algo eficiente pra ceifar sua vida agora, aqui mesmo nessa sala. Quer apostar?

_ O que você quer de mim? Eu estou presa, meu pai está morto. Vocês venceram, não era o que queria? Seu filhinho bastardo está vivo junto com aquela gorda ridícula.

Parto pra cima dela mas não a toco. Ela recua rapidamente se encostando na parede chorando e com medo, fecha os olhos e vira o rosto.

_ Por favor, por favor... não me mate... eu vou gritar se encostar em mim..

_ Gritar pra quem, sua carcereira? A pobreviria agradecer se eu te matasse, ela ja não suporta mais uma, palavras dela "putinha oferecida" que transa com policiais em troca de proteção aqui dentro. Quem diria que desceria tão baixo, não é garota?

_ Por favor...

_ Senta ali naquela cadeira e comece a me contar a história toda. Porque se aproximou do meu filho, como pretendia extorquir dinheiro de minha família e o porque desse ódio todo.

_ Eu não...

_ Agora! Pro seu bem não me faça pedir denovo.

Volto daqui a pouco com a outra parte desse capítulo.

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Isso é muito importante pra mim.

RAFAEL (LIVRO 2)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن