RAFAEL (LIVRO 2)

CAPÍTULO 29

BEATRIZ

Roberto coloca um saco escuro em minha cabeça e alguém começa a dirigir perigosamente, ele amarra minhas mãos e faz eu me abaixar no banco do carro, estamos no banco de trás e sei que há dois homens no banco da frente.

_ Fica abaixada aí vadia. Se alguém perceber que está ai não exitarei em te matar, lembre se que não tenho nada a perder.

Eu estou apavorada e tremendo muito, não sei o que esse louco pretende comigo. Mesmo tremendo da cabeça aos pés, consigo me comunicar.

_ O que você quer comigo? Pra onde está me levando?

_ Não fique tão ansiosa garota, logo chegaremos ao seu destino final...

Eles riem e debocham do que ele disse, como se fosse engraçado e minha vida não valesse nada.

_ E de você não quero nada, apenas o dinheiro.

_ Dinheiro? O que pensa que está fazendo? Eu não tenho dinheiro, sabe disso.

_ Você não tem mesmo, mas pelo visto vale alguma coisa. O bastardo parece não ter enjoado de você ainda, tenho observado vocês sempre juntos, e olha... nem com a minha filha que é lindíssima era esse grude todo, você laçou o rapaz, deve dar uma boa chave de coxas.

Ouço outras risadas e vozes além da dele.

DESCONHECIDO_ Não julgo o rapaz. Essa garota é bem gostosa patrão, não vejo a hora de...

ROBERTO_ Nem se empolgue Ítalo. Ela não é pro seu bico, sugiro que mantenha seu pau bem guardado dentro das calças se não quiser ficar sem ele. A gostosa aqui é carne de primeira, portanto se alguém for tomar posse esse alguém sou eu.

DESCONHECIDO_ Da pra dividir porra...

Roberto solta um palavrão e gargalha.

ROBERTO_ Irei pensar no seu caso.

Eles dão mais risadas ainda e começam a planejar coisas nojentas que pretendem fazer comigo, o pânico me toma e eu meio que apago, entro em choque eu acho.

Quando dou por mim estamos descendo uma escada escura.

ROBERTO_ Vamos ver quanto tempo ficará aqui mocinha. Torça para que seu herói venha te resgatar sozinho. Preciso dele aqui também pra conseguir uma grana alta, só você não deve valer o dinheiro que preciso.

Chegamos num cômodo e ele acende uma luz e me olha de cima a baixo. Me assusto ainda e fico sem reação quando ele avança sobre mim e num movimento bruto rasga meu vestido inteiro me deixando só de lingerie, o que me faz gritar assustada e arrancar risadas e exclamações sujas dos homens que agora além de Roberto, são mais quatro e uma mulher.

ROBERTO_ Puta que pariu! To quase gozando só de olhar pra você garota. Como você é gostosa! Aquelas roupas largas da vovó que você usava quando trabalhava em minha casa, escondiam uma perfeição.

DESCONHECIDO_Ah patrão, deixa...

ROBERTO_ Nem termine essa frase seu moleque, a garota é minha. Depois que resolver tudo que preciso vou me deliciar nessa fartura de mulher.

Meu medo está saindo pelos poros, minha vontade é de gritar, espernear, correr daqui mas estou paralisada, só ouço o que dizem e não consigo reagir, nem ao menos tampar minha quase nudez.

ROBERTO_ Maria, de algo pra ela comer e beber e depois que ela usar o banheiro coloque as algemas e Alison ira pendura la ali, será uma boa vista pra gente apreciar.

Eles saem rindo e conversando enquanto a mulher e um outro homem armado ficam.

_ Como o Roberto disse, me chamo Maria. Trouxe comida e água pra você.

Eu não me mecho e ela fala novamente.

_ É bom você comer, próxima refeição é só amanhã... Olha garota eu não sou uma pessoa má, estou aqui apenas pelo dinheiro, nessa crise que estamos não se recusa um extra não é? Comecei a trabalhar na casa do Roberto assim que você saiu, e ele me trouxe aqui pra meio que te alimentar, minha função é te ajudar, você me entende e vai colaborar comigo né?

Não, eu não te entendo. Jamais faria isso por dinheiro nenhum, nem que tivesse morrendo de fome sua desgraçada.

A mulher vê que não vou me mexer e algema meu pulso, o homem pega meu braço e pendura minhas mãos presas no alto. Nesse momento parece que acordo do choque e caio na real. Faço um xixi inesperado que desce incontrolável pelas minhas pernas e choro alto de soluçar.

Eles me ignoram e saem apagando a luz me deixando na mais completa escuridão.