Capítulo 30 - descobrindo tudo.

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Austin Williams

Estava no bar, um lugar que se tornou comum pra mim desde tudo que aconteceu. Desde que eu descobri quem realmente era mulher que estava ao meu lado.

- Oi, cara. - diz o barman, fiz amizade com ele de tantas vezes que venho aqui. - sei que você tá fodido, e que não quer mais saber de nada, mas se você ainda quiser viver acho melhor parar de beber. Já é sua quarta garrafa, cara. - ele diz enquanto me olha de forma preocupada.

_ e-eu tô b-bem, não se preocupa comigo. - digo tentando me convencer daquilo. Logo as lágrimas tomam conta de mim novamente. - por que? Por que ela fez isso? Éramos tão perfeitos juntos. 
Por que ela fez isso comigo? Fez isso com nós. - digo chorando.

- eu não sei, cara. Você, você tem certeza que ela fez tudo isso? Certeza que  ela te roubou? Pelo que você já me falou ela parece ser uma mulher maravilhosa. - ele diz e eu dou risada.

_ eu realmente não queria acreditar que ela fez isso, mas eu vi as transferências pro nome dela. Eu vi com meus próprios olhos. - digo ainda chorando.

- você viu as transferências, não ela fazendo as transferências. - ele fala e eu dou uma risada triste entre o choro.

_ não é a primeira vez que isso me acontece. - digo e ele me olha mais atento esperando que eu continue a falar. - a alguns anos eu fui apaixonado por uma mulher, eu achava que era o homem mais feliz do mundo, até descobrir que ela me traia com um cara que dizia ser meu amigo. Encontrei eles na cama transando e estava discutindo com ele, essa foi a brecha que aquela vagabunda teve para pegar meu celular fazer uma transferência de dinheiro pra conta dela, depois disso ela sumiu. Ela voltou a pouco tempo com a mentira de que tinha um filho meu, mas eu descobri que era novamente armação pra conseguir arrancar mais dinheiro meu. Eu realmente não tenho sorte com mulheres. - digo e dou mais um gole direto da garrafa.

- mas não é só porque essa mulher foi uma companheira horrível pra você, que a ... - ele trava ao falar.

_ Elle. - digo o nome dela.

- que a Elle vai ser igual. Tudo depende de caráter, não é o sexo da pessoa, e sim o caráter dela. - ele diz.

_ mas nesse caso as duas são da mesma laia mesmo, não duvido nada da Elle me procurar dizendo que está grávida. - digo e dou mais um gole.

- cara, eu estou falando, tem algo de estranho aí, investigue. Tem pessoas que não gosta de ver a felicidade alheia, faz de tudo pra estraga-la. - ele diz e sai pra atender outra mesa.

Depois de terminar minha garrafa, pego outra e sigo na rua cambaleando.

Me surpreendo ao ver a Megan e o meu advogado juntos, eles sorriam juntos, pareciam comemorar alho juntos.
Aquilo me instiga, então chego mais perto, mas graças ao volume alto do local não consigo ouvir nada.

"cara, eu estou falando, tem algo de estranho aí, investigue."

A voz do barman se faz presente novamente em minha cabeça, decido ir pra casa descansar.

°•°•°•°•°

Acordo sentindo uma dor de cabeça horrível, tomo a aspirina que estava em cima do armário e vou na direção do banheiro, me olho no espelho e estou horrível. Como pude me transformar nisso em pouquíssimo tempo?

Depois de tomar banho vou até meu closet, meus olhos se enchem de lágrimas ao notar a falta de roupas femininas ali. Visto minha roupa e pego meu notebook.

Entro na minha conta e vejo o histórico de transferência, vejo que a mesma foi feita a... quatro dias?

Quatro dias atrás a Elle estava tentando me convencer de ir a terapia, ela passou o dia todo comigo. Não tem como ela ter feito isso.

Ela deve ter mandado alguém fazer, alguém que tem acesso a minha conta..

Mas ninguém tem acesso a minha conta, só... só o meu advogado.

Um cena se repete em minha cabeça, Megan e o meu advogado juntos, rindo aparentemente comemorando algo.

"Tem pessoas que não gosta de ver a felicidade alheia, faz de tudo pra estraga-la."

Novamente a voz do barman ressoa em minha cabeça.

Será que... será que realmente a Elle não tem nada a ver com tudo nisso? Será que ela disse a verdade desde o começo?

Eu a humilhei. A tratei mal e a xinguei, quando na verdade ela é apenas uma vítima.

O desespero fecha a minha garganta e a imensa vontade de chorar volta com tudo.

°•°•°•°•°

Encaro a porta da casa da Elle.
Respiro fundo e aperto a campainha.

A mesma abre a porta e me olha de maneira surpresa, mas logo toma um posto sério.

- o que você faz aqui? - ela pergunta de maneira grossa.

_ A gente já pode voltar, descobri que você não me roubou de verdade. - digo e  ela me olha sem acreditar.

Espero que gostem.

Que tal uma estrelinha?

Austin Williams | Trilogia seu idiota possessivo |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora