Capítulo 34 - tentativa de assalto.

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Austin Williams

Estava sentado no tapete da porta da casa da minha mulher, ainda era de madrugada. Eu queria que a noite passasse logo, queri muito ve-la de novo.

Espero que amanhã ela pense mais uma vez e volte pra mim.

Minha cabeça estava encostada na porta e ainda chovia muito, o que significa que eu me encontrava completamente molhado.

Ouço barulho de passos mas eu não importo muito, vejo dois caras vestidos de casacos vindo em minha direção.
Não me importo e continuo ali parado.

- Deve tá é bêbado essa porra. - um dos caras fala quando chega perto de mim.

- bó ver se tem algum dinheiro. - o outro cara diz. - bora, menó, passa.. - ele diz e eu continuo parado.

- tá pensando que a gente tá brincando porra? Quer morrer, caralho? - o outro cara diz e eu continuo parado sem me importar. Se ele soubesse o favor que ia fazer pra mim se ele me matasse.

- bora, filha da puta. - o outro fala e me dá um soco na cara, imediatamente sinto o sangue descer, mas continuo imóvel sem me importar.

Então, vendo que eu não ia me mover e nem entregar nada, os dois começam a distribuir socos violentos por todo meu corpo.

A dor era enorme e eu sentia o gosto de metal que vinha do sangue na minha boca.

Vejo um deles pegar uma faca e vir na intensão de me esfaquear, mas ele se assusta quando a porta da casa de minha mulher abre.

- vão embora, porra. - ela fala com algo na mão que parece ser uma arma.

- caralho, moio, é polícia porra. - um deles diz e os dois saem correndo.

Elle solta o objeto e vem até a mim.

- meu Deus, você está horrível. - ela fala e um sorriso enorme aparece no meu rosto.

_ Você me salvou. - digo sorrindo bobo. - isso significa que você se importa comigo, e se você se importa comigo quer dizer que você me ama. - digo feliz.

- eu ajudaria qualquer um que precisasse de ajuda, Austin.
Não preciso amar ninguém pra ajudar a pessoa, é o mesmo caso que o seu. Eu não te amo, mas só te ajudei por quê eu tenho empatia. - ela diz e o sorriso que estava no meu rosto some imediatamente.

_ eu pensei que você me amava, por isso me salvou. - sussurro triste. - eu sou muito burro mesmo. Merecia coisa pior pelo que falei com você. - não falo alto o suficiente pra ela ouvir.

_ vem, vou ver se eu consigo dar um jeito nessa feridas. - ela diz me ajudando a levantar. Me leva até a sala e me coloca sentado em uma cadeira. - me espera aqui. - ela fala e entra pro banheiro.

Olho ao redor da casa de minha mulher e volto a sorrir, eu não quero sair daqui nunca mais. Quero ficar aqui pra sempre com ela, quero ficar doente pra sempre só pra ela cuidar de mim.

Ela volta e vejo que trás algodão e remédio para lavar meus ferimentos.

- vai arder um pouco. - ela diz mas eu nem me importo. Tava tão feliz de ter ela cuidando de mim, olhava pra seu rosto e ela passava o remédio em minhas feridas. - tá ardendo? - ela pergunta e eu nego.

_ Você é tão linda. - digo a olhando, ela não me encara e continua limpando minhas feridas. - sabe, se um dia você conseguir me perdoar e quiser voltar pra mim, eu quero que quando a gente se case a gente more aqui. Vamos ter que reconstruir a casa, porquê quero ter muitos filhos com você. - digo e vejo que ela para por um momento e logo se afasta de mim - não, não para por favor. - peço triste por ela parar de tocar em mim. - eu prometo que calo a boca. - digo e abaixo a cabeça. - eu sei que você não queria que eu estivesse aqui. Eu só... Só tava... Eu não vou falar mais nenhuma besteira da minha cabeça,  você já me disse que não vai voltar pra mim, eu entendi. Mas é que... - sinto as lágrimas começarem a descer sobre meus olhos. - eu não vou conseguir viver sem você. Você é minha vida, é tudo que eu tinha de mais precioso.
Sei que nunca mais vou te ter de novo, e você está certa em não me querer mais. - digo tudo ainda de cabeça baixa. - eu já vou ir pra casa, não precisava me ajudar, vai ficar cansada pra ir trabalhar amanhã. - digo me levantando e indo em direção da porta.

- espera, Austin, não posso te deixar sair nessas condições. - ela diz me olhando.

_ não se preocupe comigo, deusa, eu tô bem. Na verdade, nunca estive tão bem ultimamente como estou agora, de verdade. - digo e deixo um sorriso triste aparecer em meu rosto. - você falou comigo sete vezes. - um sorriso bobo da espaço em meu rosto. Abro a porta e saio de sua casa. Não quero cansar ela, ela vai ter que acordar cedo pra trabalhar ainda.

Sento na calçada da rua, mas logo o sono se faz presente em mim, me fazendo deitar e cochilar ali mesmo na rua.

Espero que gostem.

Que tal uma estrelinha?

Austin Williams | Trilogia seu idiota possessivo |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora