Capítulo 33 - dependência.

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Austin Williams

Encarava o chão da rua enquanto esperava minha mulher abrir a porta pra ficarmos juntos.

Sinto algumas gotas caírem sobre mim e logo percebo que vai começar a chover, então rapidamente tiro minha camisa pra proteger as rosquinhas, minha mulher não vai querer rosquinhas molhadas. Resolvo ir pra uma parte que não molhava, perto do lugar tinha alguns lixos mas eu não me importo.

Olhava pra casa da minha muljer só esperando ela abrir a porta. Meu corpo estava extremamente cansado, eu precisava dormir, mas a qualquer momento minha mulher ia deixar eu entrar pra gente ficar juntos, então eu não podia dormir.

Lutava contra o sono, sentia meus dentes bater e meu corpo tremer de tanto frio. Mas não me importava, eu ia ficar com minha mulher.

Sinto meus olhos pesando a cada segundo e eu caio em uma escuridão profunda rodeada pelo sono.

•°•°•°•°•

Acordo assustado ao perceber que peguei no sono, olho as rosquinhas e percebo que estão as duas amassadas.

Bom, pelo menos elas não molharam.

Olho pra casa de minha mulher e percebo que a luz estava apagada.

Pego meu celular e vejo que esta descarregado, mas não ligo muito e percebo o horário.

Essa hora ela tá na padaria.

Eu sou um estúpido, como pude pegar no sono e não ver ela passar? Eu não posso mais dormir.

Me levanto e mesmo ainda chuviscando eu sigo correndo até a padaria.
Ao chegar lá, já a vejo servindo um mesa. Meu coração logo se enche de alegria ao ve-la.

Sento em uma mesa e pego um cardápio, acho que vou ter que pedir algo novo para nós, não posso oferecer algo naquelas condições pra minha mulher.

Espero ela vir até mim e um sorriso enorme toma conta de meu rosto.

_ deusa, eu quero a metade das coisas nesse cardápio. Tem que ter bastante coisas pra nós dois hoje, vai ser na sua casa mesmo nosso café? Por mim, tudo bem. - digo a olhando com expectativa de sua resposta.

- já volto com seu pedido, senhor. - ela diz de modo seco e profissional.

_ Não preciso me chamar de senhor, pode voltar a me chamar de neném. - digo sorrindo tímido e sinto minhas bochechas corar.

Ela sai sem me responder e vai buscar nosso café. Sei que vai demorar porquê são muitas coisas, mas acho que por enquanto eu posso ajuda-la a atender as pessoas como a gente fazia juntos antes.

Me levanto e vou até a sala dos funcionários e a encontro lá.

- o senhor não pode entrar aqui. - ela diz .

_ não me chama assim, me chama de neném. Eu tô aqui porquê eu quero ajudar você pra gente ir pra casa ficar juntos logo. - digo sorrindo bobo e ela me olha seria.

- coloca uma coisa na sua cabeça, Austin. Nós dois nunca mais vamos voltar, entendeu? Não vamos tomar café juntos hoje, e se fosse por mim nunca mais nos veríamos. - sinto meus olhos se encherem de lágrimas ao ela falar isso.

_ Mas você tinha dito... - ela me interrompe.

- eu não disse nada, foi coisa de sua cabeça. Deveria seguir meu conselho agora e começar a fazer terapia. - ela fala e eu assinto.

_ se eu fazer terapia você volta comigo? Eu prometo que faço todos os dias ainda. - digo e ela respira fundo parecendo procurar paciência.

- sai daqui, Austin. - ela manda e eu assinto. Bom, se eu obedecer ela, ela vai perceber que eu faço tudo pra ter ela de volta e logo, logo ela volta comigo.

°•°•°•°•°

Um enorme pedido de comida chega na minha mesa, está tudo em uma sacola e logo eu as arrumo direitinho pra poder levar pra casa de minha mulher.

Pedi suas comidas preferidas do cardápio, tenho certeza que ela irá adorar.

Quando vejo ela sair, eu logo vou atrás da mesma a seguindo até em casa.

Ao chegar na casa da mesma, ela rapidamente entra e tranca a porta. Coloco o nosso café no lugar que não pega chuva, e vou bater em sua porta.

_ deusa, acho que você se esqueceu de mim. - digo tentando chamar sua atenção. Sei que ela está acordada por causa da luz ligada, e também, ela acabou de chegar.

Acho que provavelmente ela foi tomar banho, e depois ela vai perceber que esqueceu de mim e vai abrir a porta e aí nós ficaremos juntos.

Depois de algum tempo, vejo a luz ser apagada. Bato na porta de novo.

_ deusa, eu tô aqui, acho que você esqueceu de mim. - digo um pouco triste, mas não me importo, ela parecia bem cansada por isso deve ter se esquecido de mim.

A chuva cai sobre mim mas eu não me importo, as comidas estão em um lugar que não tem como molha-las, então está tranquilo.

Vou ficar aqui na porta dela mesmo.
Estou com sono, mas dessa vez não vou dormir, não quero correr o risco dela sair sem eu ver.

Assim eu passo a noite, e quando pego o meu celular, percebo ser as 03:29.

Acho que ela foi dormir, ela realmente deve estar muito cansada.

Espero que gostem.

Que tal uma estrelinha?

Austin Williams | Trilogia seu idiota possessivo |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora