Quatro

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Esse capítulo há muito fofo só pra deixar claro.

No dia seguinte Tankhun acordou disposto em ter uma conversa séria com Arm, ele tinha passado de todos os limites na noite passada e obviamente o ruivo não deixaria isso assim.

Tankhun olhou para os lados e não encontrou o namorado na cama, Big acordava mais cedo sempre que o ruivo e o deixava dormindo. Apesar de ser namorado de Tankhun, Big ainda era um guarda costas e tinha um trabalho a zelar.

Tankhun saiu do quarto enrolado no seu costumeiro roupão estampado e encontrou com Porsche comendo na cozinha.

— Porsche você viu o Arm? - perguntou e o moreno quase caiu da cadeira ao notar a presença de mais alguém ali.

Porsche engoliu o pão que comia de uma vez e acabou por se engasgar.

— Cruzes cunha não chega assim não, quer me matar do coração? - Porsche levou uma das mãos até o coração ainda tossindo e fechou os olhos recompondo-se.

— Tá devendo é? - Tankhun cruzou os braços e Porsche fez careta.

— Que?

— Quando uma pessoa fica se assustando assim do nada quer dizer que tá devendo algo.

— Pelo que eu saiba não... - tombou a cabeça. — E sim, eu vi o Arm. Ele tá lá fora. - apontou para o jardim.

— Valeu. Pelo jeito a noite com o meu irmão foi boa, né? - Tankhun observou a marca de chupão no pescoço do cunhado e Porsche sorriu sem jeito.

— E-er..

— Safadinhos.

Tankhun saiu da cozinha rindo e seguiu em direção ao jardim à procura de Arm, o encontrou escorado em uma pilastra encarando um ponto em específico.

O ruivo chegou mais perto e percebeu que o moreno estava observando Tay no jardim enquanto o loiro plantava algumas mudinhas em silêncio. Tay não havia percebido quando Arm chegou ali e muito menos notado que estava sendo observado de longe.

Tankhun sorriu e cruzou os braços parando ao lado do amigo. Arm até então não havia notado a presença do ruivo ali, estava mais concentrado em perceber o quão reluzia a pele branca do loiro sobre o sol da manhã ou então em como ele plantava as mudinhas tão delicadamente. O sol batia nos cabelos loiros e no rosto do garoto, fazendo-o até mesmo se parecer com um anjo esbanjando luz.

Certamente a última coisa que alguém pensaria daquele garoto era que ele era feio ou então qualquer coisa ruim. Observando melhor o jeito meigo de Tay, Arm sentia sua consciência pesar cada vez mais, não queria ter agido de forma tão rude com ele.

— Está se sentindo culpado? - Tankhun perguntou e Arm suspirou fechando os olhos.

Havia notado finalmente a presença do amigo.

— Não.

— Eu sei que tá. - o ruivo virou o rosto na direção do moreno para então lhe encarar avidamente. — Vai lá pedir desculpas pra ele.

— Esquece. - Arm negou rindo soprado. A última coisa que faria era pedir desculpas. Ele se sentia sim mal mas também não era pra tanto e agora Tay lhe odiava e estava tudo bem. — Não vou fazer isso.

— Não vai te matar ir lá pedir desculpas e dizer que você não acha nada daquilo.

— O que vai mudar se eu fizer isso? Ele já sabe que não é nada do que eu disse. Só vou estar inflando ainda mais o ego do bonequinho. - Arm ajeitou os óculos e desviou o olhar de Tankhun para Tay novamente.

WANTED - ArmTayWhere stories live. Discover now