Onze

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The Nightmare Before Christmas

"Esta coisa do Natal não é tão estranha como parece."

"Como se atreve a tratar assim os meus amigos?"

"Deve haver uma maneira lógica de explicar esta coisa do Natal."

"Ele endireita as coisas. Ele sabe o que fazer."

"Embora tente, me esqueço constantemente como uma memória passada. Aparecendo e desaparecendo num instante."

"As crianças más nunca ganham presentes."

"Que se dane, fiz o meu melhor e experimentei algo maravilhoso."

Tim Burton, O estranho mundo de Jack.

[...]

Os olhos penavam para abrir enquanto se arrastava em direção à cozinha. Sentia o cheiro gostoso do café e imaginava, por isso, que Tay já estava de pé.

Não conseguia se lembrar de quando dormiu tão bem pela última vez. Era até mesmo chocante, afinal, Arm cogitava prender o loiro todas as noites consigo somente para que conseguisse dormir direito; talvez ele fosse seu amuleto do sono. Ao menos tinha pesadelos, ou então sonhos, apenas descansava genuinamente e ele sabia que seu eu do passado também sentia falta disso.

— Bom dia.

O de fios claros sorriu, abaixando o jornal em mãos antes de fitar o guarda costas, lindo como sempre.

O homem vestia apenas uma calça preta de moletom, o tronco desnudo lembrando Tay de onde havia dormido naquela madrugada.

— Bom dia. - respondeu, servindo o café e alcançando a xícara para ele. — Pelo visto dormiu bem, certo?

— Sim... - Arm sorriu meio torto, se sentando no banco ao lado do outro. — Onde conseguiu esse jornal?

— O porteiro me trouxe. Disse que estava com preguiça de sair e ele entendeu. Ele é bem gentil.

Arm pensou em interrogá-lo sobre se ele havia saído ou se era mesmo necessário usar o interfone (porque um bom guarda costas é sempre cauteloso), mas ele parecia tão animado com o pedaço de papel em mãos que deixou para lá.

Estava de bom humor, havia tido uma ótima noite de sono, poderia ser menos chato do que o normal. certo?

E o loiro pareceu perceber isso, inclinando o jornal para ele.

— Quer ler também?

— Não, notícias diárias me deixam enjoado. - deu de ombros, sentia que seu eu era alguém desinteressado.

Tay revirou os olhos, abrindo a gaveta abaixo da pia só para pegar a tesoura. Folheou algumas páginas e recortou um trecho não muito grande, o entregando ao homem mais alto. Viu o olhar confuso dele, mas segurou o sorriso quando o mesmo disse:

— Você me deu a tirinha da edição? - perguntou, incrédulo. Mas, no fundo, ele gostava. — Como sabia?

O loiro apenas deu de ombros, porque realmente não sabia, era apenas sua intuição falando. Mesmo que Arm fosse sério, ele não deixava de ter um humor ácido e inteligente. Era a cara dele gostar das tantas tirinhas que compunham os jornais.

— Não sabia, mas faz seu tipo.

Arm então sorriu, virando-se na direção do menor antes de aproximar o corpo e a banqueta, rindo soprado antes de beijar a área bem abaixo da orelha, mordiscando fracamente.

WANTED - ArmTayWhere stories live. Discover now