Cinco

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No dia seguinte Kinn e Kim estavam à procura de Arm, ele havia dito que queria mostrar novas descobertas para eles.

Arm havia ficado com uma pulga atrás da orelha depois de avistar o grupinho que ele conhecia mais perto deles do que podiam imaginar e investigou mais sobre o ocorrido do dia 23 de novembro. Havia acessado novamente os arquivos do computador da máfia da Indonésia e achado muito mais provas.

— O que quer conversar com a gente? - Kinn perguntou adentrando a sala com o irmão ao seu lado.

— Vieram rápido. Hm... O exame toxicológico mostrou que a garota foi morta com a mesma substância usada no crime anterior, o que deixa claro que o assassinato foi cometido pela mesma pessoa.

— Então temos um serial killer entre eles. - Kim disse, cruzando os braços. Arm assentiu.

— Não havia sido esquartejamento? - Kinn perguntou, observando melhor as fotografias encima da mesma.

Haviam inúmeras da garota morta e de todas as formas possíveis.

O hacker suspirou.

— Eu também pensei que fosse, mas esquartejamento não foi a causa. Foi consequência. Vejam. - Ele ajeitou os óculos no rosto e amostrou uma foto do pescoço da garota, havia um furo pequeno.

— Marca de seringa. Quem matou a filha do presidente poderia estar tentando confundir o governo. - Arm olhou para os dois, que ouviam com atenção. — O assassino não suja as mãos com sangue, ele é mais esperto do que isso, então injeta a substância que para o coração e paralisa o corpo da vítima por via intravenosa, faz uma de suas "artes" e tenta confundir através de outras possíveis causas. Bem, ele não deve saber que sou um gênio.

Kinn riu, mexendo em alguns dos vidros de pistolas na prateleira.

— Ele pode não saber, mas isso nós já sabemos. Algo mais?

— Claro que tem algo mais. Venham aqui.

Arm puxou a luz para que iluminasse melhor as fotografias da jovem sem vida e os dois se aproximaram, observando tudo o que o moreno fazia.

Arm mostrou uma foto em específico da boca da jovem completamente aberta. Kim sentia que ia vomitar.

— Onde foi parar a língua dela?! - Perguntou, horrorizado.

— Boa pergunta, no lugar da língua, deixaram isso. - Outra foto havia sido puxada e dentro da boca da vítima, havia uma foto do presidente com a garota.

Acima, o número doze em indonésio, e a figura era a de um homem pendurado por uma corda de cabeça para baixo, com o título: Senhor presidente.

Kim encontrava-se um pouco enjoado, mas Kinn estava focado no pedaço de papel levemente gosmento e ensanguentado na foto. O mafioso ficava cada vez mais confuso com aquilo tudo.

— Porra eles são complemente doentes. - Kim soltou após algum tempo, o celular em mãos e os olhos vidrados ali.

— Está nos dizendo que vamos lidar com uma alcateia de serial killers dessa vez? - Kinn questionou, coçando o queixo de leve.

— Ao que parece, sim. - Arm concluiu. — A máfia na verdade é um antro de maníacos loucos por sangue.

Em geral, Kinn não teria ficado tão nervoso se aquilo não soasse como um desafio debochado. Isto é, estava mais do que nítido que a família principal teria que lidar com aqueles caras ainda.

Eles estavam se aproveitando de uma vantagem que Kinn trataria logo de destruir, eles sabiam um segredo da máfia da Tailândia e isso era tão fudido quanto assassinar um cachorrinho. Não gostava do modo como tudo estava andando e faria seu máximo para ter aqueles filhos da puta mortos.

WANTED - ArmTayWhere stories live. Discover now