Sete

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Enquanto caminhava, Kinn não conseguia se livrar da sensação de estar sendo perseguido. Sabia que era possível estar sendo observado, com base no vídeo e os avisos que havia recebido, mas sempre que olhava ao redor, não enxergava ninguém.

Provavelmente estava ficando paranoico.

E novamente, odiava estar sempre a um passo atrás dos desgraçados. O mafioso entendia que algo estava perto, se ao menos pudesse ver as coisas da maneira correta.

Ao seu lado, Kim e os guarda costas caminhavam, Big não tão tranquilo quanto gostaria de estar. Trocava mensagens com Tankhun e soltava algumas risadas ao perceber que o namorado adorava usar emojis o tempo todo.

— Você parece uma criança que acabou de descobrir o poder das mensagens de texto. Sobre o que estão conversando? - Kinn tentou disfarçar o ar de "tiozão", mas era meio inevitável.

Pelo o que sabia sobre si até o momento, não entendia muito sobre as coisas da atualidade, talvez por passar muito tempo trabalhando. Era quase como se o chefe da família principal não tirasse folgas, como se nunca se preocupasse com o próprio lazer.

— Mensagens de texto? Acho que ninguém fala isso hoje em dia. - Arm riu.

— Estamos falando sobre um tal desfile de moda. Tankhun está animado, e ele fica mandando essas imagens de pessoas que de certa forma são engraçadas. Ele fez algumas redes sociais para mim. - Big respondeu enquanto olhava para o celular.

Ali, Big descobria não só o poder das mensagens
de texto - como Kinn dizia - mas também o poder dos memes e das redes sociais.

— Descobri que ele fez um um twitter pra mim, também. - Big olhou para o chefe. — É uma re-

— Eu sei o que é um twitter, Big! Não sou um
vovô.

— Mas é rabugento como um. - o guarda costas voltou a digitar em seu smartphone rapidamente.

Kinn revirou os olhos, torcendo para que a bateria do celular do amigo acabasse logo.

— Chegamos. Cassino Gyeongdong. - Kim encarou a fachada antes de empurrar a porta de vidro, Arm a segurou para uma senhorinha que saía e sorriu fechado ao ouvi-la agradecer.

Concerteza Tay estaria orgulhoso dele.

Tanto quanto Kim, Kinn, Arm e Big eram extremamente cautelosos em tudo que faziam. Eles disfarçavam bem e não aparentavam estar ali para arranjar briga com alguém, obviamente tudo era uma encenação.

Arm observou melhor o local e constatou que mais parecia um prostibulo. Algumas jovens pagavam boquetes em caras enquanto os mesmos jogavam pelo cassino. Quanto mais eles andavam pelo lugar mais coisas eles viam.

Tinha uma sala que várias pessoas estavam dentro com alguma prostituta ou então algum prostituto. No cassino os clientes poderiam escolher qual opção desejasse, tanto homem quanto mulher.

O moreno riu ao observar a cara de choque de Big ao seu lado, o guarda costas encarava uma parte do local que alguns jovens dançavam apenas com uma tanguinha e botas de salto alto.

— Caralho, se Tankhun descobrir que eu pisei em um lugar desse. Mano, tô morto. - Big engoliu à seco só de imaginar e Arm riu ainda mais continuando a andar.

— Vocês viram o rosto de algum deles? - Kim perguntou e todos negaram. — Devem estar em algum quarto privado.

— Ali está o dono. - Kinn falou, baixo.

— Kang Jieun? - Arm tirou a pistola do bolso do casaco e mostrou. — Se importa de responder algumas perguntas?

Porra, eles eram insanos.

WANTED - ArmTayOnde histórias criam vida. Descubra agora