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•OLÍVIA•

abri os olhos devagar, me espreguiçando.
percebi que havia dormido no sofá.

olhei para o relógio e vi que eram dez da manhã, havia dormido até mais tarde hoje.
me levantei e fui em direção ao quarto, mas nada, Dylan ainda não havia voltado para casa.
tentei tirar esses pensamentos da minha cabeça, não importava onde ele estava ou o que foi fazer, eu não queria ficar pensando nele.

fui até a cozinha e preparei um café, Dylan havia me ensinado.
depois de pronto tomei uma xícara e comi um pão com geleia de banana.

estava entediada, era difícil Dylan não estar em casa, não sabia direito o que fazer quando ele não estava aqui.
então, comecei a mexer em seus dvds.
acabei encontrando alguns filmes de comédia também, era uma categoria de filme que eu gostava muito.
então, escolhi um desses filmes e coloquei na Tv.
não tinham muitas outras coisas para fazer por aqui.

já havia assistido uns dois filmes para passar o tempo, o relógio já marcava quase duas da tarde, Dylan ainda não havia voltado

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já havia assistido uns dois filmes para passar o tempo, o relógio já marcava quase duas da tarde, Dylan ainda não havia voltado.

não fiz almoço pois estava sem fome, me sentindo ansiosa e isso causava um embrulho no meu estômago.

quando o outro filme que escolhi já tinha acabado e eu estava revirando a caixa de dvds em busca de mais um, escutei a porta ser aberta.
joguei a caixa no chão pelo susto, dirigi meu olhar rapidamente para trás.

mas, não foi Dylan que passou por ela.

um homem que aparentava ter uns quarenta anos atravessou a porta, olhando em volta.
ele tinha cabelos grisalhos e rugas no rosto, não era muito alto e aparentemente seus olhos eram de um castanho escuro, que me dava medo.

depois de ele entrar mais para dentro, Dylan entrou em seguida.
fechando a porta.

minha cabeça estava confusa.
o que estava acontecendo?

então, os olhos do homem desconhecido se fitaram em mim, me olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso no rosto.

Dylan então tirou o seu moletom e deu uma última olhada fria para mim antes de se dirigir ao seu quarto.

-aproveite, você pagou bem.

então, ele sumiu do cômodo.
não podia acreditar, Dylan estava me vendendo para alguém?

-olha, espero que você seja boa de cama, porque eu paguei uma boa quantia para foder você. (ele disse lambendo os lábios, senti repulsa)

-s-se afasta de mim seu velho imundo! (eu cuspi as palavras, andando para trás, até bater de costas em uma parede)

-tenho certeza que você vai gostar quando eu estiver dentro de você. (ele disse segurando minha cintura com as duas mãos, sentia que ia vomitar com o toque dele, meus olhos já estavam inundados de tantas lágrimas)

-PARA, ME SOLTA! (eu gritava socando seu peitoral, mas por mais que ele não fosse tão alto, já era bem maior e mais forte que eu) -DYLAN, POR FAVOR! (não, não, não. ele não podia deixar isso acontecer, por favor, não!)

-shiu quietinha, não gosto de garotas barulhentas. (ele disse levando uma de suas mãos até o meu peito e apertando ele, grunhi de dor)

então, um silêncio.
o homem a minha frente estava com os olhos arregalados e sangue escorria da sua boca.
mas a cena mais aterrorizante, foi ver um machado enfiado em sua cabeça, cortando quase ela ao meio.
então, ele caiu no chão, já sem vida.
quando olhei novamente para frente, pude visualizar Dylan.
ainda me olhando com aquele olhar frio e escuro.
senti mais lágrimas escorrerem do meu rosto.

-como teve coragem? como deixou ele me tocar? (eu chorava copiosamente, com as mãos no rosto, soluçando, me sentia nojenta, me sentia invadida)

-eu? foi você que disse que preferia dar pra qualquer outro cara que não fosse eu, por que você não "deu"? (ele falava devagar, quase sem expressão, me olhando com superioridade, me sentia como se fosse sua presa)

-FEZ TUDO ISSO POR CAUSA DE UMA FRASE QUE EU DISSE? VOCÊ É DOENTE, PORRA? (eu gritei, sentindo a raiva queimar em meu interior, sem pensar racionalmente, fui pra cima dele, desferindo socos em seu peito)

Dylan não se mexia, nem demonstrava reação, parecia apático ao meu sofrimento.
então, ele segurou meu braço, me acertando um tapa com a outra mão.
coloquei a mão onde ele havia batido, meu rosto ardia.

-para com esse drama. (ele disse me soltando e se dirigindo ao homem no chão) -se não quer que algo assim aconteça novamente, pense bem antes de falar algo.

Dylan segurou os braços do homem, levando ele para aquele quartinho onde eu fiquei no começo, agora sei que lá deve ser seu local de tortura ou algo assim.

-vou colocar o corpo em sacos e jogar fora, não me incomode agora. (ele disse largando o corpo do homem no chão)

-você... você me vendeu para esse homem? (eu disse sentindo a tristeza me preencher)

-não está vendo que ele está morto nos meus pés, sua puta burra? (ele grunhiu, dessa vez demonstrando alguma emoção, estava irritado)

-m-mas...

-só queria te dar uma lição, sabia que acharia algum bêbado tarado disposto a pagar bem pra enfiar o pau em alguém, então juntei o útil com o agradável.

-é assim que você ganha sua vida? (eu disse sentindo repulsa)

-não, pela herança que eu ganhei sou considerado rico, mas não gosto muito de usar sempre o dinheiro dela, pois foi herdada de alguém que eu odeio. (ele disse suspirando, parecia impaciente com tantas perguntas)

-se você não conseguisse fazer algo, ele iria... iria me- (ele me interrompeu)

-não, eu jamais deixaria isso acontecer. (ele disse ríspido, me fitando sério)

-conseguiu se sentir melhor agora? (eu grunhi com raiva)

-sim, mas ainda não acabei. (ele disse vindo na minha direção, automaticamente dei uns passos para trás) -se abrir a boca pra falar qualquer tipo de ofensa sobre mim ou algo que me desagrade, quebro todos os ossos do seu corpo e enterro ao lado desse cara no meu quintal, entendeu? (ele grunhiu, apertando meu pescoço)

-s-sim... (eu disse tentando buscar ar para os meus pulmões)

-e você fica melhor de boca fechada, não abra mais ela sem que eu me permita. (ele disse antes de se virar e andar novamente até aquele quartinho, fechando a porta com um estrondo)

me sentia fraca, inútil, usada.
Dylan era um cara frio e violento, não podia ter me esquecido disso, não podia ter criado sentimentos por ele.

Nas garras de um assassino Where stories live. Discover now