16

18.4K 1.2K 298
                                    

•DYLAN•

não era, realmente não era para a Olívia estar acordada.
eu já estava a dias me sentindo angustiado para machucar alguém, matar.
ia sair a noite justamente pra chegar de madrugada e ela já estar dormindo, mas não, ela tinha que ficar acordada.

eu relevei as merdas que ela estava falando, só joguei ela na cama e mandei ela dormir, precisava que ela dormisse, precisava que ela parasse de falar.
minha mente era insana e instável, a qualquer momento eu podia explodir.

escutar Olívia falando que queria transar com qualquer outro cara que não fosse eu, que sentia nojo de mim, me fez chegar no meu limite.
queria encher essa vadia de porrada, fazer ela aprender que eu era o homem dela e que ela era a minha propriedade, que ninguém além de mim encostaria nela.
mas sabia que podia fazer algo melhor que isso e ainda arrumar uma grana extra de jeito fácil.

quando cheguei até a cidade, foi fácil achar um bêbado aleatório em um bar que topasse pagar para transar com uma garota nova.
me segurei pra não matar ele no caminho, era a porra de um caminho longo pra caralho até minha casa e aquele cara ficava falando merda o tempo todo.

"tomara que ela seja apertada"
me segurava pra não quebrar a cara desse verme antes de chegarmos lá.

quando deixei ele na sala com Olívia, me apressei em entrar no meu cantinho de lazer onde eu torturo minhas vítimas e pegar o machado.
mas não fui rápido o suficiente, pois ele já estava com suas mãos no corpo de Olívia quando cheguei na sala.
coloquei tanta força na machadada que dei que quase parti a cabeça dele ao meio.
vi o olhar horrorizado de Olívia assim que o homem caiu no chão.
ver ela insinuando que se eu não tivesse conseguido fazer algo, ele estupraria ela, me deixou puto.
aquela puta burra, achava que eu deixaria isso acontecer?
ela não sabe quem eu sou?
nem fodendo que alguém machucaria Olívia de qualquer forma, eu era o único que podia fazer isso e sinceramente, evitava ao máximo, mas ela realmente conseguia me tirar do sério.

senti meu sangue ferver e a veia da minha testa se sobressair quando fui botar o lixo para fora e por alguns instantes quando olhei para trás, ela estava fugindo.

porra, só podia ser brincadeira, ela não podia estar realmente fazendo isso.
corri, corri e corri novamente.
quando percebi que o barulho dos seus passos sumiram, parei devagar.
não foi preciso olhar muito em volta pra ver onde a imbecil se escondia, puta merda como podia ser tão burra?

não sei porque, mas queria dar mais uma chance.
porra, não queria machucar ela, não tanto.
mas não, ela não saiu da porra daquela moita idiota, queria chutar a cabeça dela ali mesmo onde estava.

a puxei pelo braço, levando ela para dentro da nossa casa em meus ombros.

depois de um pouco mais de uma hora de tortura, decidi parar.
sinceramente falando?
podia ter feito muito pior, pra mim foi ridículo o quão bonzinho eu fui nessa sessãozinha de tortura.
estava puto por dentro, não entendia porque não conseguia dar o que ela merece, deixar ela sem andar por dias ou fazer a sua pele inteira aderir a cor roxa.
mandei ela tomar um banho para preparar nossa janta.

quando escutei a porta do banheiro ser aberta, fui em direção a ela para tomar meu banho.
olhei Olívia saindo do banheiro, de cabeça baixa.
isso, era assim que ela deveria de comportar, sempre.

tomei um banho demorado, quando sai vi que ela já estava preparando a comida.
então, decidi me sentar em uma das cadeiras da mesa e observar ela.

ela continuou cozinhando, como se eu não estivesse ali.
fiquei irritado.
será que eu havia machucado demais?
será que peguei pesado?

involuntariamente, dei um soco na mesa, me xingando mentalmente por estar pensando isso, ela deu um pulo, mas não se virou para trás.

que porra de pena, irmão.
por que essa vadia me fazia se sentir desse jeito?
que porra essa garota fez comigo.
levantei de uma só vez da cadeira, fazendo ela tombar para trás, então andei até ela, a puxado pela cintura para ficar de frente pra mim.

ela arregalou os olhos, com as mãos juntas no meio dos seus peitos.
estava morrendo de medo.

avancei nos seus lábios sem qualquer aviso prévio.
ela logo abriu sua boca, dando passagem para a minha língua, era óbvio, não iria correr o risco de me irritar.
não me cansava de beija-la, apertei sua cintura, querendo trazer ela mais pra perto de mim.
só parei quando estávamos sem fôlego, nossos rostos estavam a milímetros de distância, podia sentir a respiração dela.

-porra... o que você tá fazendo comigo, maldita? (eu grunhi apertando sua cintura)

ela abaixou a cabeça, mordendo o lábio.

-eu sou assim e nunca vou te deixar ir embora, Olívia. (eu a fitei sério, vendo que seu olhar se direcionava a mim devagar) -se tu sabe disso para de me dar motivo pra te machucar, entendeu? (eu cheguei meu rosto mais perto do dela, quase colando nossos lábios)

-sim... (ela assentiu, me olhando de baixo)

-deixa isso ai que eu termino, descansa ali no sofá. (eu resmunguei empurrando ela de leve para longe de mim, ia acabar perdendo a cabeça a qualquer momento)

ela não contestou.
andou devagar até o sofá e sentou nele encolhida.
não sei dizer que porra foi isso que eu senti, mas meu peito apertou.
me senti esquisito, angustiado, vendo ela daquele jeito.

ignorei meus pensamentos, voltando a minha atenção para as panelas a minha frente.

sinceramente, ainda bem que eu decidi terminar aqui, que caralho é esse que ela tá fazendo pra gente comer?
puta merda, ela realmente não brincou quando disse que não sabia cozinhar.

Nas garras de um assassino Where stories live. Discover now