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•DYLAN•

é sério, qual é o meu problema?
porque fui inventar de perguntar se ela queria algo.
eu iria só na cidade fazer umas compras no mercado pois as comidas em casa já estavam perto de acabar, era pra ser só isso.
mas agora estou aqui, em uma locadora procurando dvds da Barbie.

vai se fuder, que humilhação.
se alguém ousar rir de mim vou degolar um por um.

finalmente, na sessão das crianças, encontrei os malditos filmes da Barbie, se ela achava que eu iria ver essa merda com ela estava muito enganada.

peguei todos os filmes da Barbie que tinham, pois não sabia ao certo qual ela gostava mais.
e bem... eu havia machucado ela, então...
pera, que, não.
não tem nada haver com isso, eu apenas estou levando pois não quero ela me perturbando e não por estar me sentindo culpado.

já estava estressado pra caralho, não basta a humilhação que foi na hora de escolher os absorventes e por fim acabar trazendo todos por não entender que porra é com aba e sem aba.

quando cheguei no caixa percebi que o homem olhava para os dvds com uma sombrancelha levantada, vi que ia soltar uma risada mas quando o fitei com raiva ele voltou a ficar sério.
peguei os malditos dvds e fui em direção ao meu carro.
queria ir logo pra casa, não gostava de deixar Olívia sozinha.
comecei a me questionar sobre morar no meio do nada pois tinha que andar de carro por horas até chegar na cidade, era cansativo pra caralho e eu não tirava Olívia dos meus pensamentos.

depois de horas dirigindo, cheguei a minha casa.
mas quando passei por ela para botar o carro na garagem senti algo estranho, era impressão minha ou a porta estava aberta?
me dirigi devagar até a entrada, quando percebi que a porta havia sido arrombada.
quando parei na frente dela, senti minha pele arder de raiva.
um homem desconhecido estava segurando Olívia e tinha acabado de dar um tapa em seu rosto.
escutar o que ele disse em seguida me fez colapsar por dentro, acho que nunca havia sentido tanto ódio em minha vida.
larguei todas as sacolas no chão, dando um soco nele que fez com que ele caísse no chão.

dava socos e mais socos, estava enxergando tudo vermelho.
o sangue que saia do seu nariz e da sua boca já preenchiam toda a minha mão, mas eu não conseguia parar.
continuei socando a cara dele até ver que ele havia desmaiado, mas do mesmo jeito, continuei.

-PARA DYLAN, JÁ CHEGA! (Olívia gritou enquanto soluçava, segurando meu braço)

pela raiva enorme que queimava meu interior, dei uma cotovelada nela, vendo ela cair com força para trás.
eu havia acertado seu peito.

quando escutei seu gemido de dor foi como se acordasse de um transe.
olhei para ela desesperado e corri na sua direção, a segurando em meu colo.

-desculpa, desculpa... não chegue perto de mim quando eu estiver desse jeito. (a repreendi)

Olívia continuava chorando, encolhida no meu colo, seu rosto estava vermelho, meu sangue começou a ferver novamente.

-que porra houve aqui? como ele entrou? (eu grunhi, me segurando para não solta-la e voltar a socar a cara daquele desgraçado)

-ele arrombou a porta... disse que se perdeu dos amigos que estavam acampando a umas três horas de distância daqui. (ela choramingou, sem olhar para mim)

-esse vermezinho da cidade... (grunhi novamente, pensando em mil e uma maneiras de torturar ele)

-eu senti tanto medo... (ela soluçou em um sussurro, ainda sem me olhar nos olhos)

-não vou mais te deixar sozinha aqui, da próxima vez que eu for te levo junto. (eu disse ríspido, sabia que era arriscado, mas não podia correr o risco de algo acontecer a ela)

Olívia me fitou receosa.
seus pequenos olhos brilhavam pelas lágrimas.
limpei com o meu polegar.

-você vai tomar um banho quente pra relaxar e depois vai assistir aqueles filmes merda que me fez comprar, ok? eu vou arrumar isso e cuidar disso. (eu disse apontando para a porta e depois para o verme no chão)

-mas... (ela ia retrucar)

-sem mas, seu direito de falar acabou, bom banho. (eu disse soltando ela dentro do banheiro e dando um sorriso antes de fechar a porta)

agora estava na hora de mostrar pra esse cara o que acontecia quando se tocava na minha mulher.

Nas garras de um assassino Where stories live. Discover now