Capítulo 36

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Capítulo 36: O roubo.


Luffy acordou no terceiro dia, antes mesmo de abrir os olhos ele sentiu tudo no quarto, ele sentiu Sabo e Ace, cada um de um lado da cama, ele sentiu Zoro treinando em um canto e Sanji deitado em uma cama, ele ainda conseguiu sentir duas pessoas no corredor, dois guardas talvez.

Abriu os olhos gemendo de dor, o veneno de escorpião que Crocrodile usou era realmente forte, um pequeno sorriso quis se formar em seu rosto ao pensar no Shichibukai, eles muito mais conversaram do que lutaram, só mantiveram a luta até Cobra desmaiar e então ficaram conversando.

Foi quando os quinze minutos passaram e a bomba não explodiu que Crocrodile decidiu ir embora, deixando para Luffy arrastar Cobra e Robin para fora da câmara onde estavam, o garoto desmaiou tão logo viu seus irmãos correndo até si.

- Zoro - Chamou ainda zonzo fazendo todos os olhares se virarem para si, Sanji bufando baixinho por "Zoro" ser a primeira palavra de seu capitão.

- Estou aqui, Luffy - Zoro se aproximou apressado.

- Como estão todos? - Se sentou com dificuldade.

- Estão todos bem, como você está se sentindo?

- Já estive pior - Luffy garantiu antes de sorrir - Quanto tempo eu dormi? Estou com fome.

- Você perdeu quinze refeições - Ace contou.

- Eh?! Dormi por três dias?!

- Que raios de cálculo é esse? - Sabo riu dos irmãos.

- Crocrodile sumiu sem deixar rastros, Nico Robin está sendo mantida em um dos quartos do palácio, Vivi pediu ao pai para que você decidisse se a entregamos à marinha ou não, Chopper cuidou de nós então estamos todos bem, apenas preocupados com você.

Luffy assentiu antes de se espreguiçar.

- Nós vamos partir essa madrugada, a marinha já deve estar se organizando, o que sabemos sobre Smoker? Eu gosto dele, prefiro que ele nos persiga a outros, também preciso falar com Nami, a sós.

- Luffy, você precisa descansar - Sabo pediu com preocupação.

- Eu vou, na segurança do meu navio, a aventura aqui acabou, eu não vou ficar outra noite a mais que o necessário, o mar é minha casa.

- Bem, então temos que falar com você agora, enquanto seus amigos arrumam algo para você comer - Ace decidiu.

Sanji e Zoro entenderam o recado, saindo do quarto e arrastando os guardas consigo.

- Lu, Ace me contou sobre Crocrodile - Sabo começou - Você entende o que isso tudo significa, certo?

Luffy assentiu antes de sorrir.

- Eu tenho um pai de quem gosto!

Sabo riu.

- Certo, isso também, mas tem outra coisa que é importante.

- Tem?

- Luffy, quando a marinha descobrir sobre Crocrodile e Barba Branca você e seus companheiros serão atacados pelos almirantes de forma incessante - Ace falou sério - Não terão tempo de pausa e no atual nível de poder de vocês vão afundar no primeiro confronto.

Luffy franziu o cenho, sério, isso não podia ser cogitado, ele não podia perder ninguém para o Governo Mundial! Não perderia seus nakamas!

- Nós vamos tentar estar sempre perto para ajudar, mas nem sempre isso será possível - Sabo continuou - Nós moramos no Novo Mundo, você vai estar praticamente sozinho até cruzar a Red Line para nos encontrarmos, precisa entender isso, otouto.

- Certo, você disse que ninguém usa haki no Paraíso, certo? - Luffy encarou Sabo.

- É raro, mas existem algumas pessoas que usam.

- Croc ficou surpreso de me ver usando, ele disse que é bom que eu ensine para os outros, ele também disse que é provável que eu tenha o Conquist Haki por causa da minha linhagem, com quem posso aprender mais?

- O Rei das Trevas - Ace falou imediatamente - Mas será apenas perto da Red Line que você vai o encontrar, ele foi o imediato de Roger.

- Vou dar um jeito de sobreviver até lá.

Os mais velhos sorriram mais aliviados e se levantaram, Sabo tendo sentido Nami se aproximar.

- Vamos deixa-los sozinhos, vemos você mais tarde, Luffy.

Os dois saíram enquanto Nami entrava, abraçando seu capitão com alívio antes de o socar, começando o sermão sobre ele sempre ser imprudente.

- Nami - Luffy riu tocando os cabelos alaranjados da amiga - Nós partimos hoje.

- Eu imaginei - A navegadora suspirou ainda com a cabeça no peito do capitão, ouvindo seu coração bater - Quer que eu organize as coisas?

- Essa é a função do imediato, te chamei para outro assunto - Nami mordeu o lábio adivinhando sobre o que Luffy queria falar - E então? O que você quer fazer?

- E-eu não quero ser como esses piratas imundos que acham que somos objetos...

- Nami... você nunca seria como eles.

- E-eu quero que ela seja minha, quero que ela se sinta minha, que se sinta feliz com isso, como eu fui feliz quando você disse que eu era sua.

Luffy sorriu carinhoso, ficava feliz que Nami se sentia assim consigo, ele queria cuidar de sua nakama assim como seus irmãos sempre cuidaram de si.

- Você ainda não me respondeu, o que quer fazer sobre isso, Nami?

- Eu a quero, não me importo com esse reino ou com as consequências, Vivi é minha e eu a quero pra mim.

Luffy sorriu com orgulho.

- Então eu te darei ela.

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Vivi mordeu o lábio em ansiedade quando foi se deitar, ela tinha ouvido a conversa de Luffy e Nami, a Gata Ladra tinha a arrastado e pedido para esperar no corredor, não sabia o que Nami queria com isso, só a torturar mais?!

Tinha pedido para reforçar a segurança de seu quarto antes de deitar, seu peito doía e lágrimas faziam seus olhos arderem, mas não importava o quanto ansiava em ir com os Mugiwara, não poderia, seu povo vinha em primeiro.

A princesa se deitou, soluços a deixando enquanto fechava os olhos, quando acordasse, eles teriam ido embora e sua chance de viver um amor também, sabia que nunca amaria alguém como amava Nami, mas as duas não foram feitas para ficarem juntas.

- Minha doce princesa, por que chora?

- E-eu não quero me despedir deles - Soluçou sentindo uma mão gentil acariciar seus cabelos - E-eu quero estar com Nami.

Um aperto em seu cabelo a fez arregalar os olhos, o coração batendo forte quando notou que tinha alguém no quarto, não era para haver ninguém!

- Para você é Nami-san - Nami sorriu antes de a puxar pelo cabelo a fazendo se erguer antes de a beijar com urgência - Você é minha, Nefertari Vivi e eu vou te levar mesmo que a força.

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