Capítulo 56

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Capítulo 56: Se é capaz de tudo, então viva por mim.



Luffy só tinha saído do lado de Zoro para ir até Brook, esse que parecia animado com a festa e tinha se sentado de frente ao piano, querendo tocar algo para todos.

- Me contaram, sobre Laboon - Luffy foi direto, se deitando sobre o piano enquanto encarava o esqueleto, a cabeça balançando suavemente com a música - Eu a conheço sabe, ela está te esperando.

Brook vacilou em uma nota, mas nada disse, deixando o outro continuar.

- Prometi a ela que voltaríamos, depois que eu me tornasse Rei dos Piratas, penso que ela vai gostar do presente que terei para ela...

- E-eu agradeço a oferta, Luffy, ficaria feliz em acompanhá-lo pela Grand Line, se as circunstâncias fossem outras, mas, atualmente, tudo o que pretendo fazer é fazer o caminho de volta, preciso ver Laboon e isso não pode esperar mais.

Os dedos do esqueleto tocaram as teclas sem que ele reparasse bem no que tocava, ele não tocava essa música há 50 anos.

- Oh! Eu conheço! - Luffy sorriu animado enquanto começavam a cantar.

O capitão levantou, ainda cantando, antes de voltar a sentar do lado de Zoro, tocando os cabelos verdes com carinho, esperava que ele acordasse logo.

- Lu...ffy - A voz rouca fez Luffy sorrir radiante se jogando contra seu imediato.

- Zoro!

- Zoro acordou! - Nami sorriu feliz.

- Fiquei preocupada - Robin confessou.

Usopp sorriu em contentamento.

- Super!

- Luffy se afaste, eu preciso o examinar! - Chopper pediu.

- Venha comer, Luffy, você ainda não comeu nada - Sanji sorriu satisfeito.

- Traz bebida para Zoro, Sanji!

- Ele não pode beber, Luffy! - Chopper brigou.

- Mas ele deve estar com sede!

Zoro riu enquanto se erguia, ainda conseguia ouvir a risada de Kuina quando caiu naquele buraco, direto para o corpo, dessa vez ele concordava, tinha um senso de direção péssimo.

Luffy abraçou o mais velho, escondendo o rosto em seu peito enquanto sorria largamente, Zoro não tinha o deixado, isso era tudo o que poderia pedir no momento.

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Eles terminavam de abastecer o Sunny para zarparem, Luffy sorria animado enquanto estava sentado no colo de Zoro, esse que resmungava por não poder ajudar no carregamento.

- Luffy, quando precisar, é só nos chamar - A capitã pirata que conheceram ali sorriu - Não iremos os seguir, mas seremos sempre aliados de nossos salvadores!

- Shishishi! Eu gosto disso! - O capitão dos Chapéus de Palha relaxou contra Zoro, vendo seus nakamas trocando números de den-den e conversando - Zoro... onde está Brook?

- Antes de pararmos aqui você o quis, não foi? - Zoro deu de ombros - O que meu capitão quer meu capitão tem.

- Então porque ia tirar algo que é meu?

- Tirar algo seu?!

- Você é meu, Zoro!

- E-eu sei capitão, mas...

- E você ia embora sem o meu consentimento!

- Eu fiz isso para salvar sua vida! Eu morreria por você, capitão!

- Nunca pedi isso - Luffy bufou - Nunca pedi por pessoas que morram por mim, eu pedi que vivam!

- E-eu... tem razão, eu agi mal, me perdoe, capitão - Zoro suspirou, tocando os cabelos escuros.

- Luffy, estamos prontos para partir! - Nami avisou, já no leme, Sanji ao lado dela oferecendo uma bebida.

- Vamos! - Luffy sorriu animado, Franky puxando a âncora - Eu não perdoei, você está de castigo.

- Castigo?! - Zoro ficou tão surpreso que falou mais alto do que pretendia, chamando a atenção dos outros para a conversa.

- Sim! Ninguém pode morrer nesse navio, parece que só Brook entende isso!

- Tem razão - Zoro suspirou - Eu agi mal e mereço sofrer qualquer consequência que venha de minhas ações.

- Ótimo - Luffy sorriu com doçura - Onde está meu novo nakama?

- No dormitório masculino, acredito que ele deva estar cansado - Zoro sugeriu com humor.

- Vamos!

Luffy entrelaçou seus dedos com os de Zoro enquanto corria para dentro, Sanji derrubou a bebida de Nami sem querer, mas a navegadora não se importou, rindo da situação.

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Convencer Brook foi fácil, foi o mais fácil de se convencer até agora, Luffy gostou disso, quando entrou no quarto o esqueleto tinha conseguido se soltar e apenas disse que, como não tinha escolha, seguiria seu novo capitão.

Agora estavam do lado de fora, o dia terminava finalmente, uma camada de cores inundando o céu e colorindo o mar enquanto as primeiras estrelas apareciam timidamente, Luffy ainda não tinha soltado a mão de Zoro, não que o homem reclamasse, enquanto esperava seus nakamas se reunirem no convés.

- Capitão - Zoro chamou, ajustando o chapéu de palha de seu capitão em sua cabeça.

- Vamos - Luffy sorriu antes de se virar, vendo seus nakamas todos sentados na grama, sorrisos animados em seus rostos.

O capitão pegou a espada da bainha enquanto ia se sentar, Zoro o seguindo de perto.

- Brook, qual seu sonho? - Luffy o encarou nos olhos.

- Meu sonho? Ele é apenas um... entregar nossa canção à Laboon!

O moreno assentiu sorrindo pequeno antes de deixar Zoro continuar.

- Essa espada é o maior tesouro desse bando - Zoro começou enquanto Luffy olhava a espada de perto, ela precisava ser polida, teria de pedir os materiais à Franky, talvez Zoro quisesse o ensinar - Ela carrega a alma de uma criança e todos os nossos sonhos.

Sanji franziu o cenho ao notar que, dessa vez, Luffy não disse nada sobre Kuina, o D. tinha desistido de a chamar de namorada de Zoro? Por que? Algo tinha mudado?!

- T-todos juramos sobre ela, é a sua vez - Zoro gaguejou, confuso por Luffy não ter o interrompido como sempre, mas o capitão apenas estendeu a espada, o punho na visão de Brook que a segurou, uma risada o escapando.

O esqueleto podia sentir a energia da espada, a alma que ali estava e toda a carga que tinha, era interessante, leve, não como uma espada amaldiçoada, mas como uma abençoada. Uma mão de borracha foi posta contra a sua e Brook sentiu como se uma maldição o tocasse, engoliu em seco antes de encarar a todos.

- Sob a alma dessa espada e os sentimentos de meu capitão, juro lealdade à ele, entregando minhas promessas em suas mãos para cuidar de Laboon enquanto preencho nossos sonhos e dias com música!

Luffy sorriu animado, quando devolveu a espada a Zoro, Sanji levantou, começando a falar sobre o banquete e todos começaram a se envolver, animados em conhecerem seu novo companheiro.

O capitão aproveitou para sair silenciosamente sem ser notado por ninguém além de seu imediato.

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