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Anna🌪️

Anna: Eu quero uma batida sem álcool, começar a noite bem rilex. - Isa riu e o moço do bar foi buscar a batida.

Isa: Ala a cabelo de salsicha e companhia. - Apontou pra Paolla que tava entrando na quadra junto com seu bonde.

Paolla é uma das marmitas aqui do morro, odeio chamar as mulheres de puta, marmita ou qualquer coisa do tipo, mas ela é excessão. Ela arruma treta comigo por tudo, implica comigo desde sempre, fora que o morro inteiro já comeu ela, mina se humilha pra macho e acha bonito.

Peguei a minha batida e revirei os olhos vendo o bonde das salsichas vindo na minha direção.

Isa: Lá vem. - Bufou.

Paolla: Olha só se não é a patroinha e sua amiguinha. - Riu com as amigas.

Anna: Não sabia que salsicha falava. - Isabella gargalhou do meu lado, Paolla fechou a cara e suas amigas seguraram a risada.

Paolla: Olha o jeito que você fala comigo, sua vadia! - Se aproximou apontando o dedo e eu empurrei ela pra trás.

Anna: Se manca Paolla, vai caçar alguém que se rebaixe ao seu nível pra brigar. - Disse e puxei a Isa saindo de lá.

Isa: Essa mulher não cansa de se rebaixar não? Puta que pariu.

Anna: Eu espero que ela se toque e comece a se valorizar. - Suspirei e passei pro camarote.

Procurei meus pais e achei os dois sentados em uma mesa com algumas pessoas, eles estavam discutindo pra variar. Revirei os olhos e fui até eles.

Anna: Vocês não cansam de discutir não? Puta merda, vocês estão desde cedo brigando, se peguem logo e problema resolvido! O mal de vocês é falta de se... - Cortou minha fala.

Luzia: Não ouse terminar essa frase Anna Estrella! - Me repreendeu e todos da mesa deram risada.

Um moço em específico me chamou atenção, muita atenção inclusive.

Ele é branquinho, tatuado, cabelo na régua,
tem o olhar de quem vai fuder sua vida em todos os sentidos possíveis, é cheio de correntes e anéis de ouro e prata.

Ele me olhou sério e eu o encarei de volta, que homem gostoso, socorro.

Muralha: Filha, esse aqui é o de frente do Alemão. - Apontou pra um moço da idade do meu pai, acho que ele era o tal Criolo, o dono Complexo. - Esse aqui é o filho dele, herdeiro de lá. - Apontou pro Deus grego gostoso.

Anna: Boa noite, eu sou a Anna. - Sorri amigável.

Marques: Você serve pra ser atriz Anna, dá certinho pô. - Olhei confusa. - Fazendo papel de amigável aí, nem parece que é o cão. - Revirei os olhos dando o dedo do meio. - Mais respeito por favor? Eu ainda sou seu tio, infelizmente. - Olhei indignada.

Anna: Seu feio, ridículo. - Apontei e vi a Isa parando do meu lado, a vagabunda tinha ficado pra conversar com um dos vapores que ela quer pegar.

Isa: Oi tio, oi tia, oi Marques. - Revirou os olhos ao falar do meu tio.

Marques: Quanto amor, também amo vocês duas. - Sorriu cínico.

Xx1: Então essa é a tua filha Muralha? - O senhor perguntou e meu pai concordou, velho surdo. - Satisfação, eu sou o Criolo e esse aqui é o meu filho, Ret.

É um pesadelo de tão gostoso.

Aí nossa senhora das calcinhas molhadas, me ajuda.

Isa: Gostoso né? Esse branquelo sem cor aí. - Sussurrou no meu ouvido e eu concordei pensando em coisas impróprias. - Sua tarada! Tá pensando merda né Anna Patrícia? - Sorri angelical e ela gargalhou fazendo todo mundo nos olhar. - Que foi? Bando de fofoqueiro! - Disse. - Cara, nem conto pra vocês, maior babado! - Puxou a cadeira se sentando. - Anna deu maior lacre na Paolla lá em baixo, mina ficou mudinha.

Muralha: Ela mexeu contigo de novo Anna? - Meu pai perguntou puto.

Anna: Você sabe que ela tem birra comigo e tenta crescer pra cima de mim, o que não dá certo porque ela sabe que eu não abaixo a cabeça pra ninguém, muito menos pra ela.

Muralha: Essa é minha filha pô. - Sorriu orgulhoso e eu mandei beijo pra ele. - Essa mina tá me tirando do sério, pra mim meter dois tiro na testa não custa.

Luzia: Eu que vou dar uma coça nessa puta! Tá pensando que é quem pra ficar dando uma de espertinha pra cima da minha filha?

Isa: Me chama tia.

Todo mundo começou a conversar e eu decidi me sentar, tava cansada pra caralho e desisti de dançar.

O branquelo tava super na dele, as vezes a gente se encarava e tals, eu não tinha ouvido a voz dele desde que sentei aqui na mesa, será que ele é mudo?

Minha curiosidade tava me matando e eu tava doida pra falar com ele. Abri a boca pra falar mas a Isa me puxou.

Isa: Vamos no banheiro? - Assenti e me levantei com ela. Vi de canto de olho que o tal Ret que me encarava enquanto bebia seu whisky, sorri pra mim mesma e saí com a Isa.

Anna: Tem certeza que tu vai no banheiro daqui? - Perguntei fazendo cara de nojo. Um chiqueiro é mais limpo que esse banheiro do baile.

Isa: Eu não queria não, mas eu tô necessitada. - Fez careta e saiu correndo pra fila do banheiro. Ficamos uns 10 minutos só na fila, as mulheres daqui entram no banheiro só pra se olhar no espelho, isso me deixa puta! Vou falar pro meu pai colocar um espelho aqui de fora. - Graças a Deus! - Disse e entrou no banheiro.

Fiquei esperando a Isa sair, quando ela saiu lavou as mãos e nós fomos dançar, aproveitando que já estávamos em pé.

Vt: Fala maninha. - Parou do meu lado fazendo toque comigo. - Eai Isa.

Isa: Fala Hugão- Abraçou ele, fofos.

Anna: Não me deixem de vela hoje, por favor! - Suspirei e os dois riram. - Vt, faz a boa pra mim?

Vt: Manda.

Anna: Sabe o filho do Criolo? Lá do Alemão? - Ele assentiu olhando pra mesa que eles estavam. - Arruma ele pra mim? - Sorri angelical e ele deu risada. - Eu sempre arrumo a Isa pra tu, chegou a hora de retribuir.

Vt: Pô, beleza então. - Saiu andando e foi até a mesa onde o Ret tava.

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Isabella Campos, 22 anos.
@// bellacampox

Victor Hugo Oliveira do Nascimento, 27 anos

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Victor Hugo Oliveira do Nascimento, 27 anos.
Vulgo: Vt
@// mccabelinho

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Meu Vício - Ret e EstrellaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora