Meu Vício - Ret e Estrella

015

Anna 🌪️

Os tiros cessaram e nada do meu pai, o Vt ou o Marques vir tirar a gente daqui. Tava andando de um lado pro outro, criando mil e uma paranoias quando ouvi um barulho, olhei pra porta do cofre e vi Vt entrar todo suado.

Anna: Você tá bem Victor? - Abracei ele que fez carinho na minha cabeça. - Cadê o meu pai? - Perguntei preocupada.

Vt: Teu pai tá resolvendo umas paradas lá na boca, relaxa, homem tá vivo. - Respirei aliviada. - Vocês vão ficar aqui dentro ou vão sair? - Perguntou irônico vendo que nós três estávamos paradas. Saímos do quarto e eu fui direto tomar um banho, passei umas 5 horas no mínimo lá no cofre.

Anna: Quem invadiu? - Perguntei após sair do banho, agora eu tava lá na sala com os meus pais e o Marques.

Muralha: Jacarezinho.

Anna: Muita gente daqui morreu? - Perguntei receosa.

Muralha: Infelizmente. - Suspirou passando a mão no rosto.

A família dos envolvidos que morrem em invasões sempre culpam meu pai, na maioria das vezes, pela sua morte. Entendo o lado de todos mas isso deixa meu pai mal pra caralho, quando esse velho tá mal todo mundo fica mal junto.

Meu celular vibrou e eu peguei vendo chegar algumas mensagens.

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021xx: Fala tu.
Salva ae, Ret na voz.

Você: Oi, já salvei

Ret: Fiquei sabendo q teve confronto aí
Tá bem?

Você: Tô bem.
Como você tá?

Ret: Depois de falar cntg não tem como ficar mal

Dei uma risadinha e senti meu pai me olhar estranho, fiquei sem graça e voltei a atenção pro celular.

Você: Assim eu fico toda derretida cara
Kkkkkkk

Ret: Kkkkkkkkk
Tá afim de dar uma volta?

Você: Agora?

Ret: Não, daqui dois anos
Claro que é agora
Lerdinha né bê?

Você: Vsfd
Grosso

Ret: É mesmo 😏
Vai ou não?

Você: Para de ser ridículo
Vou me arrumar

Ret: Beleza, marca 15

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Subi correndo pro quarto, coloquei uma calça e uma blusinha simples, calcei minha havaianas e voltei pra sala.

Anna: Vou dar uma volta com o Ret, viu? - Avisei meu pai que tava no sofá vendo televisão.

Muralha: Tão próximos ein? - Concordei. - Tá rolando o que?

Anna: Somos amigos, pelo menos da minha parte somos. - Dei de ombros e meu pai me olhou desconfiado.

Muralha: Cuidado, te amo. - Abracei ele.

Anna: Te amo, velho. - Ele deu o dedo do meio e eu escutei uma buzina. Saí correndo, abri a porta e passei por ela trancando a mesma. Olhei pra frente e o Ret me encarava com o capacete na mão. - Eai.

Ret: Fala tu, minha parceira. - Me entregou o capacete e eu subi agarrando ele.

Anna: Vai me levar onde?

Ret: Já já tu vê, fica mec. - Me olhou sorrindo pelo retrovisor. Passei a língua nos lábios olhando aquele sorriso de cafajeste dele, Ret passou uma mão pela minha coxa e eu me arrepiei com o seu toque.

O caminho foi tranquilo, dessa vez sem ninguém atrás da gente.

Ret diminuiu a velocidade e eu vi que a gente tava parando na praia, sorri animada e ele parou a moto.

Descemos e caminhamos até a beira da água.