Xamã - Gata você é o crime...

03 - Pedido de namoro?

Fui pro batalhão cedo, eles queriam invadir o complexo do alemão atrás de drogas e armas, isso agora de manhã.

- não vamos invadir agora. - disse entrando na sala.

- temos que ir, eles nunca esperaram esse horário. - um cabo retruca - seria um ótimo horário.

- Cabo marciel - me aproximo dele - tá querendo o quê? uma chacina? ou um chute nessa sua cara? você não tem noção não seu babaca.

- comandante eu só achei conveniente porque todos vão está lá contando a droga e dinheiro já que é segunda.

- exatamente. é segunda feira - me aproximo o suficiente quase beijando ele. - o que pessoas normais fazem na segunda feira? - sussurro fazendo os caras ao redor ri - tranzar que não é. - me afasto sentando na mesa. - não vamos invadir agora, só depois das 10 da noite, tem crianças indo pra escola, pessoas indo trabalhar, pessoas justas querendo viver.

- aí vai perder a graça. - ele retruca.

- quer ver graça? - dou uma cotovelada na sua costela fazendo ele se encolher e urrar de dor - essa é a graça que você queria babaca? Eu que mando nesse batalhão, e eu repito que ninguém vai invadir esse horário. Alguém tem alguma duvida?

Depois de tudo o que rolou decidimos ir às 11 da noite, fui treinar um pouco de tiro antes que viesse me chamar pra resolver alguma outra coisa.

- o que foi aquele show comandante? - ouço a voz Grossa do Sérgio no meu ouvido me fazendo atirar pelo susto.

- eu estava armada seu louco. - coloco a .40 em cima do balcão.

- quero ir com você. - ele me coloca contra a parede, segura minhas mãos colocando em cima da minha cabeça me beijando logo em seguida.

- não Sérgio, você não vai. - me solto dele encurralando ele na parede. - já conversamos sobre isso.

Eu amava Sérgio, desde o dia que ele chegou nesse batalhão. Sua pele preta e sua voz me deixava mole, na primeira vez que a gente ficou eu me rendi a ele. Ele nunca soube que eu era tão apaixonada por ele, mas ele sabe muito bem o efeito que seus beijos e seus toques causam em mim principalmente na hora do sexo.

- por favor Maria Clara, eu sou experiente e sei me cuidar. - ele segura na minha cintura forte me colando a ele.

- como comandante eu digo que não.

Ele me beija ferozmente sua mão vai na liga do meu cabelo soltando meus cachos desarrumados, não demorou muito pra que suas mãos grandes desabotoassem a minha camisa de farda revelando um top preto. Sem separar do beijo eu tiro a sua camisa de farda e a regata - foi o único momento que paramos o beijo -

- Coronel aqui não. - sussurro baixinho.

- Exatamente, eu sou coronel, deveria ir. - ele beija meu pescoço deixando uma mordida leve. - namora comigo.

Meu coração foi a mil, eu esperava a meses esse pedido. Mas eu sabia que era só pra tentar me fazer deixar ele ir pra essa operação.

- Isso não vai funcionar Sérgio, você não vai.

Ele volta a me beijar de uma forma mais bruta, mesmo encurralado ele que me encurralava e me deixava fraca com aqueles toques firmes e mordidas durante o beijo.
Ele me colocou sobre o balcão abriu minhas pernas e me fodeu de quatro sem preliminares ou qualquer tipo de aviso, ele estava fazendo aquilo como punição.

- pode fazer isso quantas vezes quiser, você não vai. - arrumo minha camisa. - mas é sério que você quer namorar comigo?

- aquilo foi uma ordem, não um pedido. - ele me beija, bem mais calmo, finalizando com alguns selinhos.

- coronel, Coronel... ordens pra uma comandante? isso não procede. - lhe abraço roubando mais um beijo.

- por favor me deixa ir. - ele faz cara de cachorro pidão.

- tá bom, quer ir? então vai. não vou tentar mais poupar você. - digo grosseiramente saindo do seu abraço e da sala batendo porta.

[...]

Minha equipe era formado por Marxel, Jonas, Felipe, Ribeiro, Micael e agora Sérgio.
Quando o confronto começou o Soldado Marxel ficou de avisar as pessoas ao redor do que se tratava, Eu e Sérgio ficamos juntos o tempo todo.

- Arara, Leão, esquerda. - me abaixo e sigo pra direita. - morte e arcanjo vamos pela direita. Fiquem atento ao rádio.

Depois de horas a operação foi um sucesso, faltava somente eu e Sérgio a entrar na viatura quando ouço alguns tiros, me encolho protegendo a cabeça e Sérgio me abraçou me cobrindo o máximo que podia. Senti o corpo do Sérgio caindo sobre mim e logo depois mais outro tiro no meu braço.

- soldado ferido. - grito tentando segurar Sérgio, mas ele era bem pesado e meu braço estava ferido com uma bala dentro.

Quando olho pro rosto do Sérgio vejo ele sem vida, olho seu pulso e nada. Seu ponto vital tinha sido atingido, eu chorei em cima do seu corpo no chão e não me importei se tinha mais balas sendo disparadas ou não.

- eu não devia ter deixado. - abraçava ja seu corpo sem vida.

- Arcanjo. - Marxel segura meu ombro.

- Que se foda, não vai ser só ele que vai morrer nesse caralho não. - pego a metralhadora.

- vamos embora, ele não iria querer isso. e você pode tomar advertência por isso ou até perder o posto.

- eu tô pouco me fudendo pra isso Micael, eu amava ele, ele tinha me pedido em namoro.

- Maria Clara. - ele me abraçava me segurando pra mim não ir. - por favor não vá...

Lhe dei uma ajoelhada e sai subindo o Morro, eu sabia muito bem quem tinha atirado. Saio arrombando as portas e chutando o que eu via pela frente, em umas das casas que eu arrombei vi ele pulando a janela, corri e arrudiei a viela batendo de frente a ele. Percebi algumas pessoas gravando.

- você gosta de matar pessoas. - ecurralei ele no beco mirando na sua cabeça. - conta pra sua plateia o que você fez seu babaca. - lhe chuto e ele solta a arma - CONTA!!!

- olha mais uma vez a policia sendo abusiva contra civis. - uma menina que gravava disse isso e eu só senti vontade de soltar um tiro na cara dela.

- Conta idiota o que você fez. Antes que eu acabe com a sua cabeça.

- MATEI O CORONEL SÉRGIO COVARDEMENTE. - ele grita.

- agora eu vou te matar covardemente também seu pau no cu.

Sem dó e piedade eu sentei o dedo na metralhadora explodindo a cabeça dele. - Sérgio, daqui pra frente eu vou matar qualquer idiota que eu ver -