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No som tocava 'puto de luxo' a nova música do xamã. Eu gostava da música e pedi pra ele colocar, me viciei nela. Cantei ela inteira enquanto xamã me observava e ria quando eu fazia algo engraçado. As vezes ele cantava junto comigo e beijava minha bochecha do nada o que sempre me deixava surpresa com o ato. - parecíamos um casal de namorados que se amam -
- iai coroa. - Geizon abraça a mãe forte.
- minha nora? - ela apontou pra mim com um sorriso lindo. - ela é bonita.
- mãe essa é a Maria Clara. - ele sorriu pra mim - e essa é a minha mãe Sônia.
- um prazer. - sorri e lhe abracei.
- igualmente.
Entramos conversando, ela conversava mais comigo do que com xamã, acho que ela queria mesmo uma nora, mas não seria eu essa nora que ela tanto queria.
- sua mãe gosta de plantas? - ela cortava o bolo - vou mandar uma muda pra ela de cacto.
- ela gostava muito. - sorri vagamente lembrando da minha mãe.
- coroa eu falei que a mãe da Maria tinha falecido. - e com essa fala criasse um clima terrível.
- tá tudo bem Geizon, eu amo cactos.
- então vamos comer que esse bolo está uma delícia. - ela tinha um sorriso no rosto tentando animar o ambiente.
- tá muito bom. - mordo um pedaço grande que eu tinha tirado com o garfo. - desculpa - digo depois de reparar que eu tava de boca cheia.
Depois de um tempo, percebi que já estava bem tarde, esperava Geizon pegar suas coisas enquanto a mãe dele ia tirar uma muda de cacto pra mim.
- você faz o quê?
- promete segredo? - ela balançou a cabeça concordando e com a cara meio séria. - sou policial.
- muito perigoso seu trabalho. - ela me entrega um jarrinho azul com o pequeno cacto. - toma cuidado.
- muito fofo esse bebê. - admiro o bebê cacto. - vou lá apressar Geizon, tenho que chegar cedo em casa.
Ela sorri pra mim e eu entrei indo direto pro quarto Geizon que era o último do corredor. Abro sem bater e vejo ele sem camisa procurando alguma coisa e colocando outras na sua bolsa, sua pele úmida dizia que ele tinha saído do banheiro a pouco tempo.
- vamo bonitão. - me sentei na sua cama.
- tá faltando só uma coisa. - Geizon se aproxima se deitando por cima de mim. - terminar o que a gente começou na praia.
- Geizon sua mãe está do outro lado da parede. - passo meus braços pelo seu pescoço.
- relaxa.
Ele inicia um beijo calmo enquanto suas mãos vão rapidamente de encontro aos meus seios.
- Geizon? Filho? - Sônia bate na porta fazendo xamã finalizar o beijo com alguns selinhos e sair de cima de mim indo abrir a porta.
Peguei a bolsa do xamã juntamente com uma regata branca que eu vi em um canto e sai empurrando ele pra irmos embora logo. Me despedi a sua mãe e entrei no carro entregando a chave e a camisa pro Geizon. Eu abri os olhos quando percebi uma movimentação estranho e a mão de Geizon apertando muito forte minha coxa - blitz - pedi pra ele me passar o volante e assim ele fez.
- seu documento e o do carro. - ele analisa tudo - porquê um policial do bope tá andando com macaco dentro do carro, não sabe que é crime andar com animal silvestre? - ele olhou pra Geizon debochando.
Xamã tirou o cinto e estendeu o braço pra abrir a porta quando eu o impedi.
- primeiramente policial... - vejo seu nome na farda - Vinícius, esse é um ato de racismo e sabe o que eu faço com gente racista? Seu filho da puta. - tirei o cinto e sai do carro.
- não foi racismo. Talvez eu tenha confundido ele.
- a é? - coloco a mão na cintura.
Chuto bem no meio das suas pernas fazendo os outros policiais olharem pra mim, ele caiu de joelhos e eu chutei sua cara.
- acho que eu também me confundi seu otário.
Um dos policiais veio até nós querendo saber o que tinha acontecido. Peguei meus documentos do chão e entro no carro colocando o cinto e indo em direção ao meu apartamento sem dá explicação alguma. Depois de um tempo Geizon relaxou no meu ombro, e eu sentia seu cheirinho gostoso.
[...]
- aquele policial é um merdinha. - Geizon retruca.
- realmente. Quem ele acha que é pra falar daquele jeito de você?
- ainda bem que você bateu nele por mim, se não eu provavelmente estaria preso agora.
Xamã veio dormir comigo, eu pedi, e ele já queria mesmo. Fizemos uma lasanha e macarronada, eu comi só da macarronada já que eu detestava lasanha.
- e aquele clipe com a Luiza?
Estávamos na cozinha, ele sentado no banco da bancada olhando pra mim enquanto eu adentrava na cozinha procurando um copo pra colocar água.
- ficou bom?
- ficou. - olho seu rosto e depois me viro de costas - só não curti aquela pegação toda.
- ciúmes loira? - eu juro que pude ouvir sua risada abafada.
- do seu trabalho? Jamais Papi rico. - me viro olhando seu rosto enquanto bebia água encostada na pia.
Ele veio desfilando até mim e colocou sua mãos na pia me prendendo ali.
- não precisa ter ciúmes loira, sou só seu.
Ele me beijou me guiando até o balcão me colocando sentada lá. Dali foi só pra trás.